Recolhido para tocar a vida desde que terminou o seu mandato de deputado estadual, o engenheiro agrônomo Lourival Marques foi à sua página no Facebook para comentar entrevista que o presidente da Federação da Agricultura do Acre, Assuero Veronez, concedeu recentemente.
Veronez revelou o descontentamento com o importado secretário de Produção e Agronegócios, Paulo Wadt, e faz críticas ao projeto de “rondonizar” a produção acreana.
Dizendo-se surpreso com as declarações, Lourival Marques, que foi o responsável pela Agricultura Familiar no primeiro mandato do governador Tião Viana e fez da produção a principal bandeira do seu mandato, fez o seguinte relato:
“Estou surpreso com esse descontentamento do presidente da Federação da Agricultura com a política agrícola do governo do agronegócio.
Leiam a matéria, mas antes deixa eu lembrar como era no governo do PT, vou inclusive, colocar por tópicos:
1- construção de seis unidades de silos graneleiros e reforma de sete armazéns da Cageacre para receber a produção dos pequenos, médios e grandes produtores;
2- aquisição de mais de 400 máquinas (plantadeira de grãos, distribuidor de calcário, colheitadeira, tratores, grades aradoras e niveladoras, caminhões para transporte da produção, tratores de esteira, escavadeira hidráulica, pá carregadeira, pulverizadores e outros). Todas essas máquinas e equipamentos eram para atender os nossos produtores, não trouxemos nada de Rondônia”.
Marques disse ter consciência de que agricultura não tem porteira. E o Acre será desenvolvido se houver a diversificação da produção.
Segundo o ex-deputado, mais de 90% dos produtores acreanos têm, no máximo, 100 ha de área para cultivo, os outros 10% tem acima de 100 ha.
“Minha torcida é para dar certo e que nosso Acre se torne um estado onde possa ter mais geração de emprego e renda para nossos produtores rurais”.
Assuero Veronez é segundo produtor de peso a vir publicamente manifestar insatisfação contra Paulo Wadt.