Em um caso intrigante que levanta questões sobre a gestão de recursos públicos, um elevador, parte de uma obra avaliada em quase R$ 6 milhões, desapareceu misteriosamente.
O prédio do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) está no centro deste enigma.
Apesar de declarações oficiais alegando que a obra estava 90% concluída, uma investigação revelou uma realidade bem diferente.
O elemento central deste mistério é um elevador pelo qual quase R$ 300 mil foram pagos, mas que nunca foi entregue.
Este fato levanta sérias dúvidas sobre a integridade e eficiência da gestão da obra.
O engenheiro responsável pela obra, cujo nome não foi divulgado, afirmou que é comum em obras no Acre os pagamentos serem realizados com base na apresentação de documentos das empresas, confirmando a compra, mesmo antes da entrega efetiva dos bens.
No caso do elevador, a empresa Rotina apresentou documentos que comprovavam a compra, o que motivou sua inclusão nos boletins de medição. No entanto, o elevador nunca foi instalado.
Arlindo Garcia, o dono da empresa responsável, afirmou ter celebrado contrato para fornecer os elevadores em 2020 ou 2021, mas alegou que a fornecedora não entregou os equipamentos, sugerindo um calote.
Essa explicação, contudo, não esclarece por que o pagamento foi realizado sem a entrega efetiva dos elevadores.
O contrato para a obra já venceu, e ainda resta a questão de quem concluirá o projeto.
Em abril deste ano, foi mencionado que dois elevadores, custando cerca de R$ 300 mil, foram comprados, e o Imac assumiu a responsabilidade pela instalação, mesmo após o vencimento do contrato original.
Deixe um comentário