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Briga do governador com os irmãos Rocha revela um governo cheio de ambições, futricas e interesses contrariados

Um governo de futricas, intrigas, quebra de acordos e de poucos resultados. Essa é a definição perfeita da administração Gladson Cameli, que se elegeu com a promessa de abrir o Acre para o desenvolvimento.

De fazer um política sem ódio, valorização ao servidor público e sem perseguição.

Passado um ano e oito meses, o que a população vê é um governo voltado para atender aos interesses das empresas do Amazonas, sem rumo e sem comandante.

Temos um governador intimorata quando a questão é agir como um mendacioso.

Desde que assumiu, em janeiro de 2019, Gladson Cameli tem se notabilizado pela precária aptidão para liderar. Pela orfandade de cumprir os compromissos assumidos. Pelo pouco apreço em construir um plano sério que aponte caminhos rumos ao futuro

A população elegeu a quem não conhecia. A quem nunca soube o que é dificuldade na vida. A quem nunca efetivamente trabalhou.

Gladson Cameli começou errando e persiste nos erros. O governador constrói narrativas calçadas nas patranhas.

Nessa construção do engenheiro sem obras, o primeiro erro se deu quando fatiou a administração para os grupos políticos que lhe deram sustentação durante a campanha eleitoral de 2018.

Ele abriu mão de liderar porque não é líder. Tem poder, mas lhe falta autoridade.

O sonho de tirar o PT do governo não uniu os grupos. Apenas juntou.

Hoje eleito senador da República, nessas coisas quase inexplicáveis, Marcio Bittar verbalizou bem o que significava a candidatura de Gladson: “Ele não é o candidato dos sonhos, mas é o que temos”.

A conta era simples.

Naquele momento o ambicioso Gladson não tinha o que perder. Se fosse derrotado, ainda teria quatro anos de mandato como senador. 

Mas ele venceu. 

E venceu bem.

Liquidou a fatura no primeiro turno. 

A ex-oposição ganhou o governo, elegeu os dois senadores e a maioria nas casas legislativa.

Diante de um cenário desse, governar seria como viajar em céu de brigadeiro. Mas, amante da aviação, o governador não soube pilotar os conflitos de interesses.

As turbulências estão no ar permanentemente. O governo é uma usina geradora de crise.

Nessa usinagem frenética, ele sabe que jamais conseguirá juntar tanta gente ao seu entorno, pois aqueles que lhe apoiaram caminham para ser os seus adversários num futuro bem próximo.

Há variados conflitos de interesses.

A imensa maioria dos que estão próximos ao governador enxerga, na sua fraqueza, a possibilidade de ocupar a cadeira número um do Estado. Os movimentos estão sendo feitos dentro de partidos como o MDB, PSD e o PSDB.

Gladson é pusilânime.

O pior é que Cameli contribui para fragilizar o seu próprio governo.

Os movimentos são claros de uma auto-sabotagem. A mais recente diz respeito ao apoio que ele empresta à prefeita de Rio Branco, Socorro Neri (PSB).

Esse apoio deixa a todos os aliados estupefatos. Mas não é obra do acaso. Gladson sabe que está isolado, é um general em seu labirinto. É alvo das futricas que ele mesmo alimenta. 

“Gladson adora uma fofoca”, revela uma fonte palaciana.

Gladson não gosta apenas de fofoca. Ele, como menino mimado, as cria. Gera as próprias crises.

A crise mais recente envolve o seu vice-governador, Wherles Rocha (PSL), e a deputada federal Mara Rocha (PSDB).

Não será lábia mole em rocha dura que irá amolecer os corações dos irmãos. Eles podem ter muitos defeitos, mas têm posições firmes. Não fogem da boa briga.

Semana passada, o vice-governador disse, com todas as letras, que deverá seguir o caminho da oposição, embora seja governo.

Wherles Rocha externou o que todos sabem: a falta de palavra de Cameli.

“Não tem outro caminho. O que foi acordado não foi cumprido e o que foi cumprido foi desfeito”, disse o vice.

A semana começa com revelações de um diálogo tenso entre o governador e a deputada Mara. O nível de baixeza é subterrâneo.

Mara Rocha pede para que Gladson pare de incentivar picuinhas. Afirmou que o governo é fraco, um fiasco e não mostrou a que veio.

“As pessoas estão morrendo sem medicamentos, atendimento e estão jogadas nos hospitais. Seu sorriso falso e seus discursos vazios não vão enganar a população por muito tempo. Vai cumprir o papel para o qual o você foi eleito. Um estado não é brinquedo de menino rico para você brincar de reizinho”, escreveu a deputada.

Gladson Cameli, tonto com as palavras, apenas chamou a deputada de “mal amada”, “Babaca” e “poliqueira”. 

O jogo está ficando bruto.

Gladson terá que tomar um caminho.  Não adianta querer permanecer agindo de forma sorrelfa, porque a dissimulação silenciosa não permanecerá iludindo.

Essa quizilia com o vice-governador era mais do que esperada. O roteiro estavam escrito na montagem da chapa.

Ambos têm ambições politicas. Faz lembrar os embates entre os governador Edmundo Pinto e o seu vice Romildo Magalhães, no início da década de 1990.

Sempre que Edmundo viajava, Romildo demitia os secretários e nomeava a sua equipe.

Infelizmente, Edmundo viajou a São Paulo e retornou morto. 

A confusão acabou, mas a bagunça se instalou.

No atual governo não precisou, felizmente, ninguém morrer para a bagunça ganhar moradia.

Gladson está na encruzilhada. 

E não adianta pedir por Socorro nesse momento crucial. 

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