Uma denúncia enviada ao Portal dos Rosas mostra a situação de funcionários terceirizados do hospital Epaminondas Jacomé, em Xapuri.
O contrato da empresa em que trabalhavam foi encerrado no ano passado, antes da campanha eleitoral, mas segundo um deles foi solicitado que continuassem trabalhando até que uma nova licitação fosse feita e a situção normalizada.
Era história da carochinha.
Emprego tá difícil… Quem tem o seu quer segurar.
Acontece, que a promessa era conversa fiada.
Segundo fonte do Portal, que pediu a proteção do anonimato, no dia 15 de novembro ano passado foi dado baixa na carteira de trabalho de pelos menos 12 trabalhadores, mas essas pessoas continuaram trabalhando, acreditando que tudo seria resolvido.
Os meses foram se passando, até que chegou fevereiro.
No dia 24 do mês passado, todos foram dispensados.
Segundo as informações, a direção do hospital informou aos servidores que, após um período de experiência de 45 dias, iniciado no dia 5 de janeiro, o contrato havia se encerrado.
“Ocorre que nunca recebemos um contrato, nunca assinamos nada, não fomos comunicado de nada, simplesmente no dia 24 vieram nos dizer que o contrato estava renovado por apenas 45 dias. Isso deixou todos frustrados, decepcionados e apreensivos, pois havíamos trabalhado de forma irregular do dia 16/11/2022 até 04/01/2023 e com a renovação de apenas mais 45 dias não iremos conseguir solicitar nosso seguro desemprego, já que o prazo de 120 dias se encerra por volta do dia 15 ou 16 de março”, diz.
A situação se tornou ainda mais grave quando, nossa fonte denunciou, porque que os colegas foram coagidos pela empresa a assinarem a própria demissão, o que em tese lhes tiraria alguns direitos pós-demissão:
“A própria gerente do hospital chegou a digitar um documento para que a gente assinasse pedindo demissão, mas o pessoal da empresa não aceitou e nos mandou um modelo dizendo como deveríamos fazer e teria que ser feito escrito a caneta. Resolvi correr atrás dos meus direitos e fui orientado a não mandar, mais alguns colegas se sentiram coagidos e assediados e resolveram fazer o documento e enviar”, revelou.
Esses trabalhadores teriam sido coagidos a escrever a própria demissão em documento escrito à mão, com modelo enviado pela empresa.
Em um dos áudios enviados por um responsável da empresa, na qual o Portal do Rosas teve acesso, um homem nega ter coagido os funcionários a se demitirem. Mas admite que a ordem partiu do próprio governo:
“Infelizmente, se teve um problema com a direção da unidade, quem tem que resolver é a secretaria [do governo] e a direção da unidade. A empresa tá aqui só para contratar e demitir, como é mandado. Algumas pessoas estão confundido as coisas. A empresa simplesmente faz o que manda, se mandam demitir, a gente demite. A gente é apenas o interlocutor”.
Quem os órgãos de controle cumpram com o seu papel.
A empresa terceirizada é RS Invicta Facilitis Ltda.