Suposta Máfia foi denunciada na Polícia Federal
Nunca na história politica do Acre, em tão pouco tempo, um governo se esmerou tanto em reconhecer dívidas e pagar precatórios.
A fim de bajular a administração Gladson Cameli, o jornal A Tribuna divulgou um dado que pode fortalecer a denúncia de que foi montada uma verdadeira “Máfia de Precatórios” dentro da administração estadual.
Em maio deste ano, o jornal, que se jactou nas administrações petistas e deixou de circular impresso por falta das verbas públicas, publicou matéria dizendo que o atual governo teria pago R$ 3,5 bilhões das gestões petistas.

No bojo das supostas dívidas paga, a reportagem revela que o governo Cameli teria desembolsado a nada modéstia quantia de R$ 168,8 milhões somente em precatórios.
Esse valor milionário chega a mais de R$ 177,6 milhões, quando somado os mais de R$ 8,5 milhões pagos com as Requisições de Pequenos Valores.

Tanto dinheiro desembolsado começou a chamar a atenção. A ponto de o ex-procurador-geral do Estado Edmar Monteiro Filho procurar a Polícia Federal para formalizar uma denúncia contra o que classificou de a “Máfia dos Precatórios”.
Atualmente como assessor do governador Gladson Cameli, Monteiro Filho informou ao seu chefe que faria a denúncia. E o fez, arrolando diversas autoridades.
A denúncia está sendo apurada e pode envolver autoridades dos poderes Executivo, Judiciário e até do Legislativo.
O ponto de partida
Os nomes serão mencionados porque o processo ainda tem segredo judicial, mas o ponto de partida para a denúncia foi uma movida por uma advogada contra o seu advogado e um escritório de contabilidade.
Divorciada, a advogada tinha direito a 50% de um precatório da sua empresa e do seu ex-marido junto ao Deracre.
Na confiança, procurou o advogado pedindo que tentasse intermediar a venda daquele precatório dentro dos preços e regras do mercado.
O advogado apresentou o escritório de contabilidade, que realizou os cálculos e, mesmo com um capital social inferior a R$ 40 mil, comprou a dívida superior a R$ 3 milhões.
No meio do caminho, a mulher percebeu que fora lesada. Procurou o advogado e a proprietária do escritório, que deram ouvidos moucos.
Não lhe restou outra alternativa e procurou a Justiça.
Também pediu novo cálculo de outro proprietário, que apresentou valor muito acima do que lhe fora apresentado anteriormente.
No desenrolar do processo, tanto o advogado quanto a proprietária do escritório aceitaram desfazer o negócio sem receber um centavo.
Sabe-se que essa é apenas a ponta daquele que pode ser considerado o maior esquema financeiro da história do Acre.
Brasil a fora há vários casos semelhantes, que culminaram em prisões. Quem sabe isso pode acontecer no Acre…