Se for feita uma pesquisa no meio empresarial, a maioria dos empresários, sem querer aparecer, dirá que está em guerra com o governo do Estado.
Faltam obras em serviços e licitações.
Poucos estão recebendo o que têm direito.
Não foi à toa que o Acre foi o estado com maior índice de desemprego em 2020, com quase 16% da população economicamente ativa desempregada, segundo o IBGE.
Mas nem todos estão em guerra.
Tem gente recebendo muito dinheiro e na paz.
O governo que não faz obra, paga caro por projetos.
Uma dessas empresa que está na paz e, com a licença do trocadilho, é a PAS – Projeto, Assssoria e Sistema Eireli.
Somente de setembro de 2020 a fevereiro deste ano, a empresa recebeu, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Regional (Sedur), a nada desprezível quantia de R$ 3,1, milhões.

A PAS seria especializada na elaboração de peças técnicas e gráficas necessárias e indispensáveis à execução de obras públicas com tipologias e complexidades variadas.
Como é praxe na atual administração, a contratação se deu sem licitação.
A empresa contratada tem sede no município rondoniense de Ji-Paraná e chegou ao Acre pela mãos de um empresário local. Também serve, segundo fonte, para pagar despesas extras e contratar funcionárias que não podem ser nomeadas no governo.
A empresa, segundo fonte, tem como uma das especialidades negociar atas pelo Brasil.
No Acre, ela é representada pelo empresário Matheus Almeida, que recentemente apareceu em fotografia em um avião, como se pretendesse comprá-lo.
Ata na Seinfra

Quem também aderiu uma ata da PAS foi a Secretaria de Infraestrutura.
Trata-se de uma ata do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Área Mineira da Sudene (CIMAMS).
Por R$ 4,8 milhões, o secretário Ítalo César assinou contrato com a empresa PAS – Projeto, Assssoria e Sistema Eireli.
Como disse o poeta, “o homem quando está em paz não quer guerra com ninguém”.
Ou seria em PAS?