Assessoria
Após verificar _in loco_ que as denúncias de assédio moral na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito são ainda mais graves, o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) deverá adotar medidas ainda mais enérgicas para a demissão do gerente de assistência acusado de perseguir servidores públicos. A Diretoria da entidade e a deputada Michelle Melo realizaram uma visita técnica, no final da tarde de sexta-feira, 07.
O próximo passo dependerá de uma assembleia geral extraordinária para avaliar o caso, que pode resultar até em uma greve geral em todo o estado.
“Temos muitas insatisfações por parte da classe médica. O caso da UPA é a gota d’água para a deflagração de uma greve sem precedentes em todas as unidades, porque é inadmissível ver profissionais da saúde sendo tratados com tanto desrespeito, tanto desprezo por parte do governo”, repudiou o presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici.
Na semana passada, o Sindicato recebeu um abaixo-assinado com quase 30 assinaturas acusando o gerente de assistência da UPA do Segundo Distrito por assédio moral. O caso virou um documento que foi protocolado no Ministério Público do Trabalho e no Ministério Público Estadual.
A denúncia foi feita por médicos e outros servidores, apontando que a situação não é restrita a uma classe.
*Visita*
Na visita, os relatos apontaram envolvimento político, o uso da UPA para abrigar apadrinhados, a troca de equipe técnica por conveniência política e interesse de pessoas ligadas a um vereador e a um deputado estadual. Enquanto os sindicalistas estiveram na unidade, ao menos três apadrinhados procuravam monitorar a atividade, beirando à atitude antissindical.
“Vamos adotar visitas semanais na UPA para verificar de perto todos os desmandos, juntando provas. Se for preciso, vamos solicitar a presença da polícia para que os servidores possam trabalhar em segurança”, afirmou Guilherme Pulici.