Réu em suposto esquema de corrupção, governador do AC tem depoimento no STJ adiado para 5 de novembro

Defesa do governador alegou não ter tido acesso a um documento relacionado à denúncia contra ele e STJ acolheu pedido. PGR acusa Gladson Cameli de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, peculato e fraude a licitação; STJ fala em desvio de mais de R$ 16 milhões em recursos públicos, porém, segundo MPF foram identificados oito contratos com ilegalidades, e a estimativa é que os prejuízos aos cofres públicos alcancem quase R$ 150 milhões.

Por Wellinton Lopes, Rede Amazônica Acre, Yuri Marcel, g1 AC — Rio Branco

25/10/2024 18h01 Atualizado há 13 horas

O depoimento do governador do Acre, Gladson Cameli, que estava agendado para esta sexta-feira (25), no Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi adiado para 5 de novembro.

A decisão foi tomada após a defesa do governador alegar que não teve acesso a um documento relacionado à denúncia contra ele. O juiz responsável pela audiência acolheu ao pedido da defesa, determinando acesso imediato ao material e estendendo o prazo para que ele seja ouvido.

Conforme apurado pela Rede Amazônica Acre, o documento em questão seria um relatório de atividades financeiras que trata da compra de um apartamento de luxo em São Paulo que teria sido feita pelo governador em 2019.

Cameli é réu em uma ação penal que investiga fraudes em licitação, desvio de recursos públicos e formação de organização criminosa. Em maio deste ano, a Corte Especial do STJ aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que inclui ainda acusações de corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude à licitação.

As investigações, que tiveram início em 2019, foram conduzidas pela Polícia Federal naOperação Ptolomeu.

As denúncias envolvem a contratação da empresa Murano, com sede em Brasília, para prestar serviços ao governo do estado. A empresa teria subcontratado outra, localizada no Acre, que tem como sócio o irmão de Gladson Cameli, Gledson Cameli.

Segundo a acusação, essa contratação resultou em um esquema de favorecimento financeiro ao governador e a outros envolvidos, causando prejuízos aos cofres públicos.

Cameli se tornou réu, mas foi mantido no cargo

Na sessão de 15 de maio, quando a Corte Especial recebeu a denúncia da PGR contra Cameli, os ministros negaram o afastamento dele do cargo. Dessa forma ele deve continuar atuando como governador do Acre enquanto responde à ação.

Veja matéria completa no G1.

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