Ha pouco mais de uma semana, quando a administra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nancy Andrighi acatou ao pedido da Polícia Federal (PF) e desmembrou a Operação Ptolomeu em nove inquéritos, o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), correu para os órgãos de imprensa que lhes são aliados e declarou: “Amei”.
Não, ele não amou.
Pode-se afirmar que odiou.
E mentiu, como é praxe.
Este Portal do Rosas tem como comprovar a mentira e o falso amor.
O editor Espinhoso do Portal leu ao Agravo Regimental apresentado ao STJ pelos advogados Ticiano Figueiredo e Tarcísio Vieira, contratados a peso de ouro por Cameli.
Figueiredo e Vieira, representando o amoroso Gladson Cameli, pedem, com todas as letras, que a ministra reconsidere a decisão, porque, segundo ele, o desmembramento nada mais é que um subterfúgio criado pela PF para manter e sustentar “ilegalmente” a tramitação de investigação contra o governador e as respectivas medidas cautelares.
Os advogados argumentam que, embora haja inúmeras medidas cautelares de natureza probatória, pessoal e patrimonial, nenhum dos investigados foi indiciado, nem há indicativos de apresentação do relatório final da investigação.
“É dizer, apesar de a investigação ter sido instaurada há mais de dois anos, não há qualquer previsão para o seu encerramento. Ou seja, há manifesto excesso de prazo na tramitação”, ponderam.
De forma quase risível, o caríssimos causídicos salientam que o bloqueio dos bens do governador, dentre outras coisas, impedem a sua locomoção.
“Contrariando qualquer parâmetro de razoabilidade, tem se que o INQ 1475/DF vem se arrastando há anos enquanto medidas cautelares continuam surtindo efeitos em face do agravante, que, desde dezembro de 2021, está com patrimônio bloqueado e seus veículos sequestrados, além de estar proibido de ter contato com diversas pessoas, o que, evidentemente, afeta seu direito de locomoção”.
Os advogados destacam que a ministra proferiu decisões prorrogando o prazo para a conclusão da investigação mas tanto a PF quanto o Ministério Público Federal (MPF) “não apresentaram qualquer elemento conclusivo acerca dos fatos investigados ou elementos analisados, de modo que permanecem reproduzindo as mesmas afirmativas lançadas na fase inicial da apuração”.
De acordo com os defensores do governador, o desmembramento da investigação em outros oito procedimentos chancela o que classificam como a indevida manutenção das medidas cautelares.
Por fim, os advogados pediram a reconsideração da decisão que desmembrou o inquérito da Operação Ptolomeu, mantendo a investigação em inquérito único, além de requererem o arquivamento por suposto excesso de prazo.
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