Estranhamente, Gladson Cameli (Progressistas) não compareceu à reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, os presidentes do demais poderes e governadores de todo o país, na segunda-feira.
A reunião foi uma espécie de união pela democracia, em razão os atos terroristas praticados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, no último domingo, em Brasília.
Sem argumento, o governador justificou a ausência no ato histórico dizendo que ficou para acompanhar a desmobilização do acampamento dos bolsonaristas em Rio Branco.
A desculpa deslavada na rima com a verdade.
Haviam poucos zumbis em frente ao quartel do 4º Batalhão de Infantaria e Selva.
A turma não oferecia resistência alguma às forças de segurança.
Para se ter ideia, governadores de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, onde havia vários acampamentos, foram à reunião.
Essa parece ser mais uma patranha do governador.
Mas nada é tão ruim que não possa piorar.
Além de não ter comparecido ao encontro em Brasília, Cameli permitiu que fosse levado ao Diário Oficial do Estado a nomeação de um golpista que ameaçou praticar atos violentos contra adversários políticos.
Trata-se do açougueiro sem açougue Rui Birico.
Em novembro, Birico ameaçou furar o bucho de comunistas com uma faca confeccionada com molas de fuscas.
Birico foi exonerado.
Dizem que passou a receber salário por outros caminhos menos convencionais.
Hoje, foi alojado com o cargo de chefia na Companhia de Armazéns Gerais e Entrepostos do Acre (Cageacre).
Esse é o verdadeiro sinal trocado dado por quem diz defender a democracia.
A assessoria do governador, principalmente o secretário de Governo, Alysson Bestene, tem ficar atento nessas sinalizações.