Nos programas eleitorais, o governador Gladson Cameli aparece prometendo que irá melhorar as condições dos atuais policiais penais e que irá contratar novos servidores a partir do próximo ano.
Entre o discurso e a verdade há um abismo profundo.
Pela a movimentação dentro do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), a intenção é outra: o governo pretende privatizar os presídios do Acre.
No dia 16 de setembro deste ano, o diretor-presidente do Iapen, Glauber Feitosa, assinou contrato com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) que abalroa o discurso de Cameli de valorização dos atuais policiais penais.
O objeto do contrato com a FGV é: “realização de estudo/levantamento para verificar os custos dos presos nas unidades prisionais no Estado do Acre, bem como a viabilidade de uma possível terceirização”.
Pelo estudo/levantamento, o contribuinte acreano, por meio do Iapen, irá paga mais R$ 1,9 milhão.
O Iapen dispensou a licitação.
Segundo fonte do Portal, a situação no Iapen está tomando dimensões que fogem aos princípios da boa administração.
O Portal recebeu um dossiê relatando diversas irregularidades.
Uma delas é que trabalhadores terceirizadas estão sendo obrigados a votar e participar de atos em favor da candidatura do governador e do ex-presidente da autarquia Arlenilson Cunha, que disputa uma cadeira na Assembleia Legislativa pelo PDT.
O Portal dispõe de áudios de terceirizadas falando a respeito da obrigatoriedade de participar da inauguração do comitê eleitoral do ex-presidente.
Há relatos de uma servidora especialista em execução pena estaria cursando medicina no exterior sem ato administrativo que ampare o privilégio.
No dossiê conta que um policial penal que assassinou a esposa com crueldade está tendo o seu processo administrativo sem o devido andamento, fato que faz com que receba o salário integralmente.