Secretário que prometeu sensação de segurança em 10 dias diz que terá melhores condições só em 2020

Palavra é como tiro.

Depois de proferida, não há retorno.

Tiro e palavra são temas do presente texto.

Trazido da reserva para ser titular da pasta de Justiça e Segurança Pública, o coronel Paulo César Rocha assumiu a pasta roncando grosso.

Instado pelas luzes das câmaras e pelos atrativos microfones, o secretário afirmou: “As coisas não vão acontecer de uma hora para outra, mas o certo é que, com algumas medidas emergenciais e pontuais, o Acre poderá ter uma sensação de paz nos próximos 10 dias”.

Rocha, o secretário e não o seu chefe vice-governador, achava que era fácil. Todos os que estão do lado de fora sempre acham.

Até o reserva do craque Lionel Messi deve achar que faria melhor dentro de campo do que o brilhante argentino.

Passaram-se os 10 dias, um mês, dois meses e estamos caminhando para o sétimo mês.

A sensação de insegurança só aumenta.

E os bandidos estão mais ousados

Agora determinam onde pais devem matricular filhos, assaltam ônibus, trocam tiros à luz do dia, colocam avisos nas entradas e saídas do bairros e impõe às suas próprias regras.

O Sistema Integrado de Segurança Pública se desintegrou porque as divergências entre as polícias militar e civil, bem como o Ministério Público, foram evisceradas.

A polícia deixou de trabalham com inteligência.

Vivemos tempo de medo e de caos.

O secretário, que durante muito tempo, estava na sombra, apareceu.

Na aparição mudou o discurso.

Esqueceu-se dos 10 dias.

Em entrevista a um site local, esticou o prazo.

Disse que não existe prazo para a recuperação da sensação de segurança.

Limitou-se a garantir que, a partir do próximo ano, terá as condições ideais para trabalhar com mais policiais nas ruas e equipamentos disponíveis.

Ou seja: quem estiver vivo até lá, verá a paz prometida.

Ou não!

Em tempo: nunca é demais lembrar que a pasta de Segurança está sob a batuta do vice-governador Wherles Rocha.

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