Demonstrando novamente a sua agenda antinacional, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou a intenção de aumentar a venda de empreendimentos, caso a liquidação Previdência não seja aprovada pelo Congresso Nacional.
“Estamos vendendo”, anunciou o titular da pasta, que participou de um almoço com investidores de Nova York (EUA). “Já vendemos 12 aeroportos, concessões, estamos vendendo tudo!”, garantiu. As declarações dele foram publicadas pelo Defend Democracy in Brazil.
De acordo com o ministro, é preciso “acelerar a privatização”. “O Brasil ficou dormindo 10 anos”, disse Guedes, acrescentando que o dinheiro da venda das empresas e investimentos brasileiros será usado para pagar a dívida interna. “Nem todo o dinheiro será usado para reduzir a dívida porque quando o Banco do Brasil ou a Petrobrás vendem partes de suas operações, uma porcentagem do dinheiro vai para os investidores privados”.
A um empresário, Guedes afirmou: “nos conhecemos há 30 anos e você tomou uma decisão muito inteligente, voou para fora do Brasil. Você foi muito esperto de morar fora do Brasil”.
As declarações do ministro confirmam a sua intenção de liquidar a soberania nacional brasileira e, ao mesmo tempo, deixar boa parte da população com sérias dificuldades de se aposentar. O governo quer mudar, por exemplo, a idade para que idosos de baixa renda recebam o BPC, o benefício assistencial de um salário mínimo, dos 65 anos para os 70 anos.
Trabalhadores rurais, mulheres e homens, passam a ter a mesma idade para aposentadoria: 60 anos. Atualmente, as mulheres no campo podem pedir aos 55 e homens, aos 60. O tempo de contribuição mínima passa de 15 para 20 anos.
Atualmente, existem duas formas de se aposentar no Brasil. Uma por idade, com a exigência de ter 65 anos (homens) e 60 anos (mulheres), com no mínimo 15 anos de contribuição. A proposta aumenta a idade das mulheres para 62. A outra maneira de se aposentar é por tempo de contribuição, quando não se exige idade mínima. Neste caso são necessários 35 anos (homens) e 30 anos (mulheres) de pagamentos ao INSS. O governo quer aumentar para 40.