Théo, Isaac, Maria…
Esse sã alguns nomes de crianças que morreram nos últimos dois meses no Acre por omissão e negligência do Estado.
Este Portal teve acesso à imagens fortes, enviadas pelas mães, registrando os últimos dias dos seus filhos.
São imagens muito fortes mesmo, mas revelam que o governo tem sido negligente.
Foi preciso a mãe do pequeno Théo, que morreu aos 10 meses de vida, vir à público para que a sociedade passasse a tomar conhecimento do que realmente está acontecendo na verdadeira máquina de ceifar vidas instalada no pronto-socorro de Rio Branco.
Sem condições de exercerem as suas atividades, os profissionais praticamente clamam por socorro. Faltam equipamentos e materiais básicos.
Enquanto crianças morrem, o governador Gladson Cameli está há quase duas semanas fora do Estado, passeando na Suíça, e passando com o seu filho na primeira classe de um voo internacional.
Distante da propaganda, há uma dura realidade.
Essa realidade é que a pediatria do pronto-socorro está em estado crítico, com crianças morrendo todo dia por falta de assistência.
A emergência pediátrica só tem dois leitos, com apenas uma saída de oxigênio.
Há duas tomadas para ligar respirador e bomba de infusão. Quando chove vaza água em cima de um dos leitos e não tem como afastar a maca porque falta espaço.
Essa emergência pediátrica é a única pra atender todo o Acre, além de cidades de Rondônia e do, Amazonas, bem como do Peru e da Bolívia.
É triste, mas o atendimento médico acontece no corredor com as pessoas passando, acompanhante, funcionários, pessoal da limpeza.
Tudo circula no corredor onde o médico atende. E o pior: não tem lugar pra examinar a criança.
Nas UPAs não existem pediatra e todas a crianças são direcionados para o P.
Há poucos dias, tinha três crianças entubadas. Duas nos dois leitos da emergência e uma no leito da observação no meio das outras crianças internadas Uma foi encaminhada para UTI do Hospital da Criança.
As duas que ficaram no pronto-socorro morreram por falta de assistência adequada.
A UTI do Hospital da Criança é a única no Estado. Só tem oito leitos, o que é insuficiente para atender a demanda estadual.
Essa é a realidade.
Infelizmente, mais crianças podem morrer.