HomeVideoVÍDEO DO ESPINHOSO - Como levar a Segurança Pública do Acre a...

VÍDEO DO ESPINHOSO – Como levar a Segurança Pública do Acre a sério, se o próprio governador é caso de polícia?

Finalmente levaram o tema da segurança pública para o centro do debate na Assembleia Legislativa. Mas será que querem fazer um debate sério?

Penso que não, principalmente quando um secretário de Estado declara que as facções não dominam bairros e nem presídios. Ele só pode estar brincado de jogos mortais. Ou jogos vorazes.

Não precisa ir longe para comprovar o domínio territorial pelo crime.

No centro de Rio Branco quase a totalidade dos comerciantes paga pedágio or proteção.

Nas entradas dos bairros os muros são pichados com frases ameaçadoras tipo “Se roubar, morre”. Moradores vítimas de roubos não procuram as delegacias. Recorrem aos chamados conselheiros da facção que domina a área.

Como costumam fugir das suas responsabilidade, os governistas e os seus apoiadores poderão simplificar e dizer que o que ocorre é herança dos governos petistas.

O pior é que esse discurso pega.

Poucos gostam de pensar.

Mas a é maiores facções do Brasil não nasceram no Acre. Uma foi gerada em governos do MDB no Rio Janeiro.

A outra em governos do PSDB em São Paulo.

Mas como chegaram aqui? Vou explicar.

A interiorização do crime teve início em junho de 2016. Mas o que aconteceu, você pergunta?

Naquele ano e mês, houve a execução do narcotraficante Jorge Rafat, em Pedro Juan Caballero, fronteira entre o Brasil e o Paraguai.

Cem homens de uma organização criminosa fuzilaram Rafat e iniciaram uma guerra que nunca mais parou.

Essa emboscada é considerada pela autoridades dos dois países como o início de uma guerra pela disputa do poder em um dos principais corredores de maconha e cocaína da América do Sul.

O que iniciou na fronteira com o Paraguai se espalhou para as outras regiões fronteiriças.

Preocupado com o ovo da serpente que estava chocando no Acre, o então governador Tião Viana promoveu um encontro histórico aqui nosso Estado. Em outubro de 2017, vários ministros de Estado e todos os governadores do Brasil vieram debater o narcotráfico e a violência na fronteira.

Foi tirado um documento chamado a Carta do Acre, como várias propostas de encaminhamento.

Pouca coisa foi colocada em prática.

E essa pouca coisa, como a criação de um Sistema Único de Segurança Pública, foi fruto do encontro pensado e promovido por Tião Viana.

E onde estava Gladson Dançarino Cameli?

Na época, ele era senador. Foi ao evento apenas tirar voto e preferiu sair para pedir voto em outra freguesia. Ele já estava em campanha para governador.

Fato é que criticar a violência naquela época fragilizava o governo e dava voto.

Muitos foram eleitos com as criticas de uma violência que agora bate às suas portas.

Dá dó ver a inércia do sistema de segurança pública acreana.

A Secretaria de Segurança Pública tornou-se em depósitos de militares aposentados, que reforçam os seus soldos com os robustos cargos comissionados.

Quanto ao governador, o que esperar dele?

Gladson Dançarino Cameli é um caso de polícia, segundo a Polícia Federal. Não é líder de facção, mas ganhou o título de chefe de organização criminosa.

Está tudo dominado.

Só a turma do governo não reconhece.

 

Fui!

Um forte abraço e um cheiro do Rosas.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

vale a leitura