Olá, vamos porongar?

Das muitas brigas que entrei, há uma que considero ter valido a pena: a luta pelos pacientes que fazem ou faziam hemodiálise na Fundhacre.

Desde o início, falei que havia um crime contra a saúde pública.

O secretário de Saúde do Estado, Pedro Zambon, resolveu que a hemodiálise da Fundhacre seria fechada.

Disse que o tratamento em clínica seria mais barato do que na rede pública.

Essa é a conversa difícil de deglutir.

Sem um debate, os pacientes foram transferidos para clínicas particulares.

A maioria foi pega de surpresa.

Houve revolta, mas o assessor do governador Gladson Cameli, o Dançarino, se manteve insensível.

No espaço da hemodiálise seriam abertos leitos de UTI.

Mas as coisas mudam.

Sabe-se lá por que mudam.

Na próxima segunda-feira, a hemodiálise da Fundhacre será reaberta para 24 pacientes.

Não irão mais fechar.

Eram 63 pacientes.

Parece uma coisa boa e bem pensada.

Só parece.

A direção da Secretaria de Saúde diz que fez uma pesquisa para saber quantos pacientes queriam sair das clínicas particulares e somente 24 aceitaram.

Ai tem pegadinha.

A história não é bem assim.

Há uma revolta grande entre os pacientes.

Aqueles que não estão nessa lista dos 24 estão indignados porque se dizem enganados na pesquisas da Sesacre.

E se sentem enganados pela porque querem , sim, voltar para onde nunca deveriam ter saído.

Vai ter confusão, mas houve um avanço no recuou do secretário.

O negócio é continuar lutando.

O serviço de nefrologia da Fundhacre funciona bem há mais de 20 anos.

Não pode simplesmente ser extinto.

Há muito tempo no Acre a transfusão de sangue era feita de braço para braço.

Mais se 60 famílias moravam fora do Acre.

Os mais jovens não lembram disso.

Um dos responsáveis pela chegada do serviço no Acre, quando era senador, o  governador Tião Vian manteve a nefrologia da Fundhacre e ampliou com clínicas particulares.

O serviço foi instalado no governo de Jorge Viana.

Aquilo que vem dando certo deve ser mexido para melhorar, jamais para piorar.

O atual governo está se está se especializando em desmontar o que foi montado.

O desmonte é lei em todos os segmentos.

Só não enxerga quem não quer ver.

E saúde pública não brincadeira.

Um dos pacientes mandou a seguinte mensagem a mim:

“Boa tarde, queremos convidá-los na segunda-feira, 8 da manhã, para ir à Nefrologia.  Retornaremos.  Obrigado pelo apoio”.

Fui.

Um forte abraço e um cheiro do Rosas.

Vida que segue.

A coluna escrita está no portaldorosas.com.br.

Tchau.