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Dar remédios, cuidar da higiene, limpar a casa. Durante 11 anos, essa foi a rotina da Marinete Pereira Marmello. Mãe e avó, ela dividia o tempo entre a família e o trabalho de cuidadora de idosos. Para ela, a atividade profissional era mais do que trabalho e se misturava aos próprios sentimentos.
O trabalho doméstico e de cuidados familiares é uma realidade que recai principalmente sobre as mulheres, como explica a pesquisadora Ana Amélia Camarano, economista e coordenadora de Estudos e Pesquisas de Igualdade de Gênero, Raça e Gerações do Ipea.
Muitas dessas mulheres são conhecidas como “geração sanduíche”, porque são esmagadas por afazeres.
E para dar voz a esses profissionais, foi lançada, pelo Ipea em parceria com o Ministério da Igualdade Racial, a “Pesquisa Nacional sobre Trabalho Doméstico e de Cuidado”.
Ana Amélia destaca que, apesar da importância social, esta ainda é uma atividade invisível e com poucos direitos. E para garantir esses direitos, tanto das pessoas que necessitam de cuidados quanto das que cuidam, o governo federal elaborou um projeto de lei que institui a Política Nacional de Cuidados, que “busca promover as mudanças necessárias para uma divisão mais igualitária do trabalho de cuidados”.
O formulário online da pesquisa realizada pelo instituto pode ser acessado até o dia 13 de agosto, em ipea.gov.br/pesquisatrabalhodecuidados.
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