Não dá para levar a sério, mas é sempre bom ficar atento nos movimentos.
O segundo mandato de Gladson Cameli (Progressistas) nem começou, mas já tem setores da imprensa fazendo especulações sobre a sua sucessão, em 2026.
Essas “estórias”talvez encontrem eco porque Cameli é daquele que sai de uma eleição pensando na próxima, embora viva declarando que “não depende da política para sobreviver”.
Pode até não precisar, mas sobrevive dela desde os 28 anos de idade.
De origem familiar rica, o governador do Acre supostamente enriqueceu ainda mais desde que passou a (des)governar o Acre.
Ele é acusado de ser o regente e principal organizador de uma Organização Criminosa, que desviou R$ 828 milhões da Saúde e da Educação.
A acusação da Polícia Federal foi ratificada pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nancy Andrighi.
Erra feio quem acredita que não haverá desdobramento da Operação Ptolomeu, deflagrada pela PF em dezembro de 2021.
Esse desdobramento irá definir o destino de muitas coisas, inclusive da política acreana.
Mas, enquanto a canetada da Justiça não vem, Gladson Cameli dança conforme a música.
Ele é candidato declarado a uma das vagas ao Senado que serão disputadas em 2026.
Em tese, se a Justiça deixar, ele renunciaria ao cargo de governador, dando vez à vice-governadora Mailza Assis.
É ai que entram as especulações.
Segundo a imprensa bem remunerada do Acre, a bola da vez é o deputado estadual Nicolau Júnior (Progressista).
Lalau Júnior teria recebido carta branca de Cameli para sonhar com a cadeira no Palácio Rio Branco.
Lalau Júnior é cunhado de Gladson Cameli. É irmão de Ana Paula Correia.
Cameli anunciou a separação recentemente.
Ainda falta muito tempo para eleger governador.
Tem eleição para 22 prefeitos e dezenas de vereadores no meio do caminho, em 2024.
Quem larga antes, numa corrida dessas, pode cansar no fim da maratona.
Ah! Assim como o cunhado governador, Lalau Júnior também recebeu visita da PF, que encontrou milhares de reais em espécie na sua nada modesta residência. Ele chegou a ser afastado pelo STJ, mas essa é outra história…
O que não dá é para pensar a administração estadual como se fosse uma capitania hereditária.