Além do medo permanente de serem demitidos, em razão das constantes ameaças de Gladson Cameli, os secretários, assessores, diretores e presidentes de empresas têm mais um motivo para se preocupar.
Recomenda-se que pensem muito bem antes de estabelecerem diálogos por meios eletrônicos, principalmente por telefone celular.
A equipe de governo pode estar sendo monitorada pelo famoso “Guardião”.
Esta semana saiu a exoneração de um diretor que fora flagrado pedindo propina. Com o diálogo captado, não restou outra alternativa que não a exoneração.
A informação foi passada ao Portal do Rosas por fonte que convive e conhece as entranhas do governo estadual.
Se essa prática realmente estiver acontecendo, colocando suspeição sobre a equipe de governo, os responsáveis podem estar incorrendo em crime.
O uso do Guardião foi disciplinado por decreto governamental, definindo a natureza desse serviço, seus objetivos e definindo claramente seus limites de atuação.
Trata-se de um instrumento que só pode ser utilizado estritamente com o controle rigoroso das devidas instâncias judiciais.
Fora disso, seu uso é vedado, é ilegal, até porque à Justiça também é vetado aceitar qualquer tipo de provas, no caso escutas telefônicas, colhidas sem sua prévia e documentada autorização.
Esses são os limites que se impõem a este tipo de instrumento e fora disso quem o utilizar para outros fins deverá ser devidamente responsabilizado.
Seria de bom-tom os órgãos responsáveis apurarem se estão ou não fazendo o uso indevido do equipamento.