Por Leonildo Rosas
Parece uma espécie de “Síndrome de Pinóquio”.
Na confortável varanda do seu apartamento, o governador Gladson Cameli voltou a faltar com a verdade.
Repetiu que não precisa contratar avião para ele viajar. Pilotou mal as palavras.
Cameli sugeriu que os críticos da contratação do jato, ao custo de R$ 18 mil a hora, fossem ler o edital de licitação.
“Leiam o edital. Eu jamais alugaria avião com recursos públicos para minhas viagens. Eu não preciso”, disse.
Seguimos a recomendação do rapaz para não cometer injustiça e fomos ler o bendito edital.
Realmente constatamos a verdade.
O objeto da licitação não deixa dúvidas: o avião é para Cameli.
Texto do objeto da licitação diz: “Contratação de empresa especializada em serviços de Fretamento de Aeronave Executiva Birreatora a Jato, visando atender as necessidades do Gabinete do Governador através da Secretaria de Estado da Casa Civil, de acordo com as quantidades e especificações técnicas constantes neste Termo de Referência”.
Mais claro do que isso, impossível.
Mas tem mais.
Na justificativa também fica claro que a aeronave também poderá ser utilizada pelo vice-governador Wherles Rocha, conforme pode ser comprovado no documento em posse do Portal.
Não foi uma boa ideia de Cameli sugerir a leitura do edital.
O documento lhe “condena” e expõe mais uma das suas patralhas.
Ele não deve ter lido o edital.
Vejo o edital aqui http://www.licitacao.ac.gov.br/cpl/sie/arquivos/editais/PREGAO%20PRESENCIAL%20SRP%20N%20038%202019%20CPL%2004%20SECC%20%20SERVICOS%20DE%20FRETAMENTO%20DE%20AERONAVES.pdf