Em Brasília, lideranças do povo ashaninka, do Acre, estiveram reunidos esta semana com diplomatas da Embaixada Alemã e com Omid Nouripour Membro do Bundestag alemão (parlamento da República Federal da Alemanha). Uma das principais pautas foi a questão ambiental e desenvolvimento sustentável no Brasil, na qual o país europeu tem sido um dos principais parceiros, junto com a Noruega.
“O povo ashaninka tem uma grande parceria com a Alemanha e a Noruega, que são os países que mais apoiam a questão ambiental e indígena no Brasil. Nosso diálogo é para que se continue esta cooperação, pois estamos preocupados com os rumos que o governo brasileiro tem tomado”, explicou Francisco Piyãko, Francisco Piyãko, uma das lideranças e Coordenador Geral da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ).
Recentemente, os ashaninkas têm executado projetos de grande importância para sua comunidade e para o entorno da Terra Indígena (TI) Kampa do Rio Amônia, abrangendo famílias também da Reserva Extrativista do Alto Rio Juruá, em Marechal Thaumaturgo.
Um dos trabalhos foi executado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de mais de R$ 6 milhões, frutos do Fundo Amazônia, programa que recebe recursos da Noruega e da Alemanha. Além de estarem também executando um projeto de sementes nativas, com apoio do governo do Estado por meio do projeto REM (Redd para pioneiros), em parceria com o banco alemão KfW.
Por meio da Associação Apiwtxa, o povo ashaninka pretende ampliar os projetos de sustentabilidade, podendo chegar em toda as regiões do Juruá e Tarauacá/Envira. “Nós estamos aqui para contribuir, avançar com a sustentabilidade e o desenvolvimento a partir de nossos valores de união e da diversidade de nossa gente”, afirma Francisco.
Acompanharam a reunião também Auzelina Piyãko, Dorinete Piyãko, Wewito Piyãko, Moisés Piyãko e Benki Piyãko.
Assessoria Apiwtxa