Frase: “O Brasil não tem povo, tem público. Povo luta por seus direitos, público só assiste de camarote”, Lima Barreto

Tudo investido

As coisas no Acre estão investidas. Os polos não casam. Nas últimas décadas, sem dúvida alguma, os governadores que mais trabalharam foram os do PT. Não há nada de relevante que não tenha sido erguido pelos petistas. 

Boas companhias

As coisas beiram o absurdo nos conceitos das boas e más companhias. Andar ao lado de um cara acusado de ser chefe de organização criminosa virou coisa boa. Enquanto se acompanhar de pessoas que estão há anos na vida pública sem ter um mácula tornou-se coisa ruim. Vai entender essa gente…

Festa florida

Moradores do condomínio Recanto Verde ficaram pasmos com o festão realizado na sexta-feira, na casa onde reside o governador do Acre, Gladson de Lima Cameli, o Dancinha. Só de flores, vários mil reais foram investidos. O regabofe ocorreu em razão do aniversário da primeira-namorada Karol Queiroz. Cinco horas da manhã ainda tinha gente bebendo, dançando e comendo.

Quem pagou

Quando se ver uma coisa dessa não há como deixar de perguntar sobre quem pagou a conta. A casa do governador é residência oficial e tem tudo custeado pelo erário. Mas há informações não oficiais de que pessoas receberam telefonemas para providenciar a grana necessária para a festa.  

Olhe o extrato

Defensores do governador irão dizer que tudo foi bancado por ele. Eu duvido que o rapaz tenha metido a mão nos bolsos. Se realmente o aniversário foi pago pelo Dancinha, basta ele demonstrar os gastos. Não fará isso.

Festa da Ana

O curioso é que a festa da primeira-namorada aconteceu dias depois da realizada pela ex-primeira-dama Ana Paula Correia. Olha, quem acompanhou jura que a da atual companheira do deputado Emerson Jaurde foi bem melhor, com mais bom gosto e sem breguice. Eu não fui e não vou opinar. 

Mês decisivo 

Entramos em um mês decisivo para o governador do Acre, Gladson de Lima Cameli, o Dancinha, e, consequentemente, para a política acreana. Finalmente, a corte especial do STJ irá se reunir, no próximo dia 19, para julgar a ação penal em curso contra o chefe do Executivo. 

Seis crimes

Gladson Dancinha é réu por seis crimes. São eles: peculato, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, formação de organização criminosa, corrupção passiva e ativa. Ele tem um verdadeiro portfólio criminal.

Nove inquéritos 

A ação penal que está pautada para o julgamento se trata do Case Murano, uma empresa que chegou no Acre em 2019 e papou tudo. Além desse caso, a Operação Ptolomeu foi desmembrada em outros oitos inquéritos. Todos estão concluídos, esperando a denúncia por parte do Ministério Público Federal. 

Há um ano

Esta semana, precisamente na quarta-feira, 5, completa um ano que Gladson Dancinha sentou no banco dos réus. Ele saiu do interrogatório contando vantagens, jogou a propriedade de um apartamento de luxo em São Paulo para o seu pai Eládio. Frase do governador após sair da audiência: “Eu não tinha condições de pagar. Meu pai tinha condições financeiras. E a compra do imóvel era para criar uma situação confortável pro meu pai em São Paulo, que estava em tratamento contra o câncer”. O álibi seria perfeito se não houvesse o rastreamento do dinheiro.

Fala do secretário 

Um dos depoimentos comprometedores e esclarecedores sobre o esquema da Murano foi dado pelo ex-secretário de Infraestrutura Thiago Caetano. À Polícia Federal, o ex-assessor declarou que fora chamado ao apartamento onde o governador morava e recebera a determinação para aumentar os serviços destinados à Murano. Na ocasião, um irmão de Gladson, o Gledson, estava presente. É rolo, meu amigo e minha amiga! 

Falsa riqueza

Durante muito tempo foi alimentado o discurso de que Gladson Dancinha não precisava da política e nem roubar dinheiro público porque teria nascido em berço de ouro. Ele e a sua turma não contavam com a Polícia Federal para desmistificar o falatório. 

Patrimônio declarado

Desde que entrou na política, o patrimônio declarado de Gladson Dancinha saltou vertiginosamente. Em 2006, quando concorreu a deputado federal pela primeira, ele declarou ser dono de um patrimônio de R$ 106,3 mil. Em 2010, quando disputou à reeleição, já declarou ser dono de patrimônio do R$ 581,4 mil. Os mandatos lhe fizeram bem financeiramente. 

Senado e governo

Em 2014, o atual governador concorreu ao Senado e declarou ser dono de um patrimônio de R$ 514,3 mil. Mas o salto patrimonial se deu quando chegou ao governo. Nas eleições de 2018, quando venceu a primeira vez, declarou um patrimônio de R$ 2,9 milhões. Quatro anos depois, em 2022, esse valor saltou para R$ 5,1 milhões. E ainda diz que não precisa da política…

Pedido do povo

Os caras não cansam de ser patéticos. Tião Peixão Bocalom passou a vender o discurso de que será candidato ao governo porque o povo estaria pedido a sua candidatura. Que planeta esse cidadão vive mesmo?

Pedidos do povo

O que o povo está pedindo é água nas torneira, transporte coletivo de qualidade, ruas decentes, segurança pública, casas populares e um prefeito que pense mais no bem-estar da população do que nas suas vaidades pessoais.

Os institutos e as emendas 

Flávio Dino determinou acompanhamento das emendas parlamentares nos estados e nos municípios. A decisão chega em boa hora. As coisas são absurdas e merecem investigação profunda para punir quem bule com o erário.

Progresso Amazônia 

Recebi extrato de algumas emendas de deputados estaduais destinadas a um tal Instituto Progresso Amazônia. Essa entidade recebeu, somente este ano, R$ 18 milhões. Ela teria ligações com o deputado federal Eduardo Velloso, que é pré-candidato ao Senado. 

Instituto Mercosul

Aqui no Acre é assim: a gente puxa uma pena, vem um galinheiro. Outro instituto que vem recebendo generosos repasses por meio de emendas parlamentares é o Mercosul da Amazônia, que guarda proximidade com o secretário de Industria e Comércio Assur Barbary. Investiguem tudo.

Qualidade do Charque

Pipira bem informada mandou mensagem fazendo a seguinte recomendação: “Espinhoso, acompanha a qualidade do charque que o governo do Estado está comprando para as escolas e cestas básica”. Tem cheiro de coisa podre no ar.

Rueda e Donadoni

Fábio Rueda e Jonathan Donadoni estão muito próximos. Dizem que parecem dois irmãos siameses. O que estaria por trás de tanta afinidade? Os comentários são os mais variados possíveis. Não ousarei a falar o que ouço nos bastidores. Só digo que não é coisa santa.

Jogo pesado

Orientado e financiado pelo seu irmão, o presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, Fábio vai jogar duro para tentar levar um mandato de deputado federal pelo Acre. Aqui a eleição é mais barata.