Frase: “Pelos caminhos do mundo, nenhum destino se perde: há grandes sonhos dos homens e a surda força dos vermes”, Cecília Meireles, escritora.
Meu inquérito
Quarta-feira, 27, fui até a Superintendência da Polícia Federal prestar um longo depoimento. Lá, eu descobri que sou alvo de um inquérito por, supostamente, ter divulgado informações que estariam sob segredo de Justiça.
Fata Morgana
As informações que eu divulguei, em maio do ano passado, faziam parte do inquérito produzido a partir da Operação Fata Morgana, deflagrada pela Polícia Federal em 16 de março de 2023, que investiga desvio de recursos destinados à execução de obras em ramais.
Conflito de competência
Embora tenha sido realizada pela Polícia Federal, aquela operação teve conflito de competência. O governo do Estado alegou que não fez o uso de recurso federal, algo em torno de R$ 100 milhões. Na explicação governamental, toda a verba era estadual.
O apostilamento
Alvo frequente de operações federais, o governo encontrou um caminho para driblar a fiscalização federal. O drible consiste em fazer apostilamento e mudar a fonte de receita. Mesmo havendo dinheiro federal, é usada verba estadual justamente para fugir das garras da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.
Ida e vinda
Esse inquérito da Fata Morgana foi marcado por idas e vindas. Ficaria no âmbito da Justiça estadual se não tivesse aparecido um fato novo: a presença da figura do governador do Acre, Gladson de Lima Cameli, o Dancinha, supostamente, fazendo estripulias.
Inquérito subiu
Quando encontraram rastros que poderiam chegar ao governador, a Justiça estadual foi obrigada a declinar a competência para a instância superior. Atualmente, o inquérito está no STJ, com fortes indícios do cometimento de ilegalidade do Gladson Dancinha.
Os indícios
Os indícios que levaram a Polícia Federal a levar o inquérito ao STJ são os de que as aquisições da câmeras de vigilância e da sala de cinema do governador foram adquiridas de forma irregular, com dinheiro público. Há mensagens apontando nesse rumo.
Vamos a mim
Esse inquérito chegou até a mim por meio de grupos de WhatsApp. Recebo diariamente informações das mais variadas fontes. Não atentei para o segredo de justiça, embora não seja eu o responsável por manter esse segredo. Eu publiquei.
Atrapalhou as investigações
Segundo o delegado que me interrogou, a minha publicação atrapalhou às investigações. Eu disse que esse não foi o meu objetivo, haja vista que não há ninguém mais interessado no combate à corrupção no Estado do que eu.
É do jogo
No depoimento, eu também disse estar tranquilo. Afirmei que tudo faz parte do jogo. Destaquei, porém, que seria injusto eu estar ali, enquanto as pessoas que roubaram o dinheiro público estão livres, leves, soltos e usufruindo o dinheiro que roubaram.
Acerto no MDB
Foi publicado que o MDB terá apenas uma chapa para a direção da legenda. O que não veio a público foi o acerto para que o partido fosse ‘pacificado’ com a retirada do deputado Tanízio de Sá da disputa.
Rumo à Mailza – cont
Nos últimos meses, o MDB flertou abertamente com o senador Alan Rick. Só que hoje, internamente, há uma corrente majoritária defendendo a aproximação com o governo, em particular com a vice-governadora Mailza Assis.
Postura radical
Segundo pipira mdbista, o partido tem se afastado de Alan Rick pelas posturas radicais e de extrema-direita manifestadas pelo senador, principalmente quando defende o impeachment de ministro do STF. Pode até ser, mas…
Ministro impedido – foto.
Corregedor Nacional de Justiça, Mauro Campbell veio ao Acre receber homenagens. Sabido, o governador do Acre, Gladson de Lima Cameli, o Dancinha, tratou de publicar foto com o ministro. Apressados vieram fazer ilações sobre o processo de corrupção que o chefe do Executivo responde no STJ. Informo: Campbell não vota, pois se considerou impedido.
Amigo da família
Amazonense, Mauro Campbell seria amigo da família de Gladson Dancinha. Para não dar azo à qualquer tipo de suspeita, ele declinou o direito de votar. Pelo menos tem sido essa postura até agora.
Vergonha do MPE
Nos últimos dias, quando vejo o TCE adotar um monte de medidas fiscalizadoras em secretarias e órgãos do governo, fico pensando: será que o pessoal do MPE não tem vergonha disso? Eles deveriam está, no mínimo, lado a lado da corte de contas. A história vai cobrar a omissão.
Avião e o MPF
Em tese, a Secretaria de Estado de Saúde faz o uso de recursos federais para o fretamento de aeronaves para o TFD. Sendo assim, o Ministério Público Federal tem o dever de apurar se os recursos estão sendo bem aplicado. Será que fará isso?
Fim do prazo
Falando em avião, encerrou o prazo dado pela conselheira do TCE Naluh Gouveia para que o governo do Estado enviasse os seguintes documentos sobre o contrato do jatinho:
– Cópias das Faturas/Notas Fiscais correspondentes aos empenhos;
– Diário de Bordo de todos os voos realizados, com datas, horários, rotas e aeronaves utilizadas;
– Lista de passageiros por voo, com identificação clara (nome completo e, se possível, CPF ou
documento equivalente).
Declaração da Naiara
Fico assustado quando vejo absurdos, embora vivamos num ‘absurdistão’. Li que a secretaria de Comunicação Nayara Lessa fez o usou as redes sociais para falar sobre o princípio da impessoalidade na administração pública e alertar para o uso das estruturas oficiais de comunicação em benefício pessoal de autoridades. Ela criticou o presidente Lula.
Olhar o espelho
Com todo o respeito, essa senhora deveria olhar o espelho. Não há governador na história que mais tenha atentado contra o principio de impessoalidade do que o seu chefe. A estrutura do governo é utilizada escancaradamente para promoção pessoal. Pena que não há que coisa esse tipo de crime.
Queixo caído
É de cair o queixo e ranger os dentes. Como pode uma prefeitura como a de Rio Branco recusar ambulância odontológicas oferecidas pelo governo federal? Foi isso que o Tião Peixão Bocalom fez. A absurda informação veio a público pela boca cheia de dentes do vereador André Kamai.
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