MPF pede a venda de carros e avião de Gladson Cameli para garantir pagamento em caso de condenação pelo STJ; valor dos bens supera os R$ 4,6 milhões

O Ministério Público Federal (MPF) está convicto da culpabilidade do governador Gladson Cameli (PP) nos fatos que culminaram na deflagração da Operação Ptolomeu, em dezembro de 2021.

Cameli é acusado de ser chefe de uma organização criminosa que se instalou no governo do Acre, para roubar dinheiro da saúde e da educação.

Isso é o que se pode concluir na leitura do despacho assinado pelo subprocurador da República, Carlos Frederico Santos.

O subprocurador pede à ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nancy Andrighi a venda antecipada de diversos bens de Cameli.

Entre os bens estão uma BMW, um veículo modelo Jetta, um Land Rover/Discovery, uma Amarok, um Chevrolet Cruze e o avião do governador do Acre.

Juntos, os bens atingem o montante superior a  R$ 4,6 milhões.

Segundo o subprocurador, que acolheu pedido da Polícia Federal, a venda antecipada tem o fito de evitar a deteriorização dos bens.

O dinheiro arrecadado com a venda será depositado em conta vinculada à justiça, até que haja julgamento do feito, mediante a conversão da renda para a Fazenda Pública em caso de condenação, ou, em caso de absolvição, devolvido ao governador do Acre.

Santos não incluiu no pedido de venda os imóveis, porque, segundo ele, os mesmos são de natureza distinta dos veículos e o avião. “A urgência da alienação dos imóveis é indiscutívelmente menor que a verificada para os automóveis e a aeronave – esses da depreciação mais acentuada e de maior dificuldade para a respectiva guarda corpórea sob os cuidados policiais”, escreveu o procurador.

A decisão está nas mãos da ministra Nancy Andrighi.

Acesse aqui  o Parecer MPF

 

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