Se ele dança, eu danço!

O que me entristece com toda essa movimentação de solidariedade e presunção de inocência nas redes sociais é que quando mães que tiveram seus filhos mortos por negligência do estado logo foram acusadas de politicagem.

Porém, quando o cerco está se fechando sobre o possível líder de uma quadrilha, a demonstração é de afeto e acolhimento nas redes sociais por parte de alguns.

Pra quem batia palma para dancinha tiktoker não é de se admirar tal posicionamento moral e político.

Essa tática de “selfie no insta” é politicagem pura e barata. É tentar transformar algoz em vítima. Inclusive sendo esta uma estratégia de criar narrativas para sensibilizar ao invés de informar.

Desconstrução de informação utilizando o algoritmo do instagram através de fotos de momentos felizes com mensagem de gratidão. O engajamento, lá em cima, criando uma falsa realidade.

Talvez, aqui por essas terras de Galvez a síndrome de Estocolmo evoluiu e tenhamos criado um jeito caridoso de demonstrar amor e empatia por quem rouba e negligencia o povo por troca de emprego.

E nesse jogo não tem certo e nem errado: é a luta pela sobrevivência. Afinal, se ele dança, o eu danço!

Mas, se no final da vida passa o filme em nossa cabeça, não terei esse corte em minha memória. Desse baile não dancei essa música , afinal nem tudo me convém.

Essa dança está chegando ao fim, mas o baile continua.

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