Está em praticamente todos os sites que o governador Gladson Cameli (Progressistas) irá trocar o comando da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom).
Exposto ao extremo, Cameli deverá resgatar as figuras que foi duramente criticado por ele em campanha: os assessores especiais.
É para o posto de assessora especial que a secretária Silvânia Pinheiro será remanejada, onde deverá contar com outros nomes. O advogado Eduardo Ribeiro pode ser um dos assessores.
Para o posto de Pinheiro, Cameli convidou o jornalista Rutembergue Crispim, que se reunirá hoje à tarde com o governador.
A tendência é que diga sim.
Rutembergue Crispim é funcionário estadual e atualmente está à disposição do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O futuro secretário ja foi chefe de Gabinete do governador e diretor na Secretaria de Estado de Saúde. Não é, portanto, um estranho no ninho governamental.
Crispim terá uma missão difícil pela frente, pois chegará num governo desacreditado e sem feitos para mostrar.
Mas sempre é possível implantar uma marca.
Com mais de um ano de pandemia, o governo Cameli nunca trabalhou uma campanha séria e bem feita voltada para a conscientização sobre os risco e o combate à Covid-19.
Tudo o que foi até agora veio na base do improviso ou da mentira. Exemplo é a campanha dizendo que estava sendo realizado no Acre a maior campanha de vacinação da história.
Lorota maior é impossível.
Semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) conseguiu uma liminar na Justiça que obriga a apresentação do Plano Nacional de Comunicação para enfrentamento da pandemia de Covid-19 pelo Governo Federal em um prazo de dez dias.
A liminar foi concedida por uma juiza do Rio Grande do Sul.
Segundo a decisão judicial, a União deve atualizar e informar diariamente a situação de risco da pandemia e orientar a população com base no cenário.
Se o futuro secretário conseguir convencer ao seu chefe sobre a necessidade de investir maciçamente em campanhas educativas e de conscientização, já terá feito muita coisa.
Infelizmente, o governo do Acre vive no improviso e sempre focado no calendário eleitoral.
No momento em que os casos de mortes aumentaram, Gladson Cameli, sem base cientifica alguma, resolver liberar as aberturas do comércio e das igrejas.
Rutembergue Crispim, é um jornalista muito bem relacionado, pode dar uma contribuição fundamental para salvar vidas se apostar na execução de um plano ousado de comunicação para o enfrentamento da Covid.
Dinheiro tem.
É preciso ter ação e gestão.