Neném Prancha foi uma figura marcante no mundo do futebol de antigamente.
Exerceu funções de roupeiro, massagista, olheiro e técnico.
Grande frasista, Prancha foi batizado pelo jornalista acreano Armando Nogueira como o “Filósofo do Futebol”.
É desse filósofo uma frase marcante sobre a penalidade máxima.
Ele disse: “Pênalti é uma coisa tão importante, que quem devia bater é o presidente do clube”.
Na política e na administração pública há vários pênaltis que não podem ser terceirizados por quem está na liderança.
Mas o governador Gladson Cameli demonstra não ter aptidão para a cobrança de um dos lances cruciais na partida de futebol.
Somente essa falta de aptidão pode justificar a ausência de Cameli na reunião dos governadores da Amazônia Legal com o presidente da República, Jair Bolsonaro.
Não há nada mais importante no momento do que a discussão que envolve a Amazônia.
O mundo inteiro discute o tema, mas o governador do Acre parece desconsiderar esse fato.
O jeito acrimonioso de Bolsonaro na condução da política externa, com as suas venetas atacando países como a Alemanha e a Noruega, que aportam recursos na região, pode trazer um prejuízo de milhões de reais para o Acre e os acreanos.
O próprio Cameli ressuscitou o Instituto de Mudanças Climáticas justamente para poder acessar os recursos do KFW e do Fundo Amazônia.
A Amazônia está em chama. Há uma razia provocada pelos devastadores da floresta.
No Acre, em maio, o governador autorizou a queimada. Tocou fogo no sentimento do adoradores de Nero.
As palavras de Cameli foram levadas para além dos limites do Acre e reverberaram na imprensa nacional e internacional.
Talvez Cameli não tenho ido se encontrar com o incendiário Bolsonaro por vergonha. Por isso passou a bola para o seu vice-governador, que entende de meio ambiente ainda menos do que domina segurança pública.
Vídeo que circula nas redes sociais demonstra o pouco caso de Cameli com a questão ambiental.