Quando a palavra de um homem cai no descrédito, a sua credibilidade vai junto.
Aos poucos, os antigos e novos aliados vão descobrindo que honrar o que diz não é o forte do governador Gladson Cameli.
Ele costuma bradar. “Eu disse, está dito”.
Mas, na prática, fica o dito pelo não dito.
O Determinador está determinado a cair no descrédito.
A mais recente desencantada é a filha da suplente de deputada federal Antônia Lúcia (PR).
Gabriela Câmara usou a sua conta no Facebook para descascar Cameli.
Segundo ela, não há defeito pior numa pessoa do que não ter palavra.
“No homem, então, é detestável, é, no mínimo, covarde. Pobre de espírito. Mesquinho. Ingrato”.
Câmara lembrou que, no último sábado, durante um programa de Rádio, o governador recebeu um questionamento que parece não ter sido capaz de responder.
Ele foi questionado por que a presidente estadual do PR, economista Antônia Lúcia e seu grupo político não foram convidados para compor o governo.
O grupo de Antônia Lúcia, que obteve mais de 15 mil votos, elegeu um deputado estadual. O PR, segundo Câmara, é uma sigla orgânica e organizada nos 22 municípios.
Em letras garrafais, Gabriela Câmara escreveu: “O silêncio do governador é do tamanho da sua falta de palavra”.
Em pouco mais de quatro meses, o governo e a credibilidade de Cameli desidratam.
Essa desidratação só beneficia a quem está do seu lado, só esperando o momento certo de dar o bote.