É desnecessário fazer um estudo ou uma pesquisa mais detalhada para constatar que a conta que mais impacta no bolso do trabalhador é o da energia elétrica.
Já tem gente pensando em retornar ao tempo da poronga ou do candeeiro.
O que era ruim, piorou com a privatização da Eletroacre, que foi vendida por R$ 50 mil à Energisa.
Mesmo tendo pago pouco, uma das primeiras providências da nova concessionária foi a de aumentar a tarifa em mais de 21%.
Articulada pelo deputado comunista Jenilson Lopes, a Assembleia Legislativa se movimentou para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) , a fim de investigar a situação.
Lopes conseguiu as assinaturas necessárias.
Surpreendentemente, ontem os deputados da base aliada do governo pediram para retirar os seus nomes do documento.
A debandada foi carreada pelo líder do governo na casa, Gehlen Diniz.
Diniz não agiria assim sem o comando do governador. É a regra do jogo.
Mas há uma pressão popular. Dificilmente os deputados entrarão nesse apagão politico.
Negar a assinatura para a abertura da CPI pode ser encarada como um verdadeiro suicídio político, num momento em que milhares de famílias vivem o fantasma do desemprego e do endividamento.
Membro da mesa diretora, que pediu sigilo da fonte, declarou que vai trabalhar para a CPI ser instalada. Acredita que essa pode ser uma agenda positiva nesse inicio de legislatura.
Na próxima semana a movimentação será intensa. E o líder que leva a base para o escuro, provavelmente, nem estará no Acre.
Mas tem mucura nessa história.
Cameli apoiou a privatização da Eletroacre.
A sua família tem negócios com venda de energia elétrica fora do Estado.
Talvez não queira entra em curto-circuito com os interesses empresariais.
A foto é do Sérgio Vale.