Na política tudo é possível, até mesmo o que alguns consideram improvável.
As mudanças dos ventos acontecem rápidas e são movidas pelos interesses imediatos e eleitorais.
É possível, por exemplo, imaginar que o governador Gladson Cameli e o vice-governador Wherles Rocha, que são desafetos declarados, estarem no mesmo palanque nas eleições de 2022?
Sim, é possível.
Por incrível que pareça, as chances de isso acontecer é real.
Gladson é do PP, enquanto Rocha se filiou ao PSL.
Segundo a imprensa nacional, as negociações por um novo partido do Centrão avançaram nos últimos dias: PP, PSL e PRB devem se tornar um só partido.
Isso acontecendo, tanto o governador quanto o vice-governador terão que conviver abrigados na mesma legenda partidária.
O objetivo da nova sigla é aumentar o poder do governo Jair Bolsonaro (sem partido) no Congresso Nacional. As informações são do portal G1.
Ambos carregam em comum o apoio ao presidente.
Ocorre que a criação do novo partido, no entanto, prevê uma condição: Bolsonaro não pode se filiar à legenda que será criada. O próprio presidente está de acordo.
Segundo o colunista Gerson Camarotti, os líderes dos partidos ficaram traumatizados com a maneira como Bolsonaro saiu do PSL em 2019 e querem evitar um novo problema.
Dessa forma, Bolsonaro terá de se filiar a outro partido para concorrer nas eleições de 2022. O presidente tentou criar um novo partido, o Aliança pelo Brasil, mas o projeto não saiu do papel.
As articulações para a formação do novo partido foram feitas pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que é presidente licenciado do PP.
A nova legenda, quando oficializada, terá a maior bancada da Câmara, com 126 deputados – caso todos os filiados de PP, PSL e PRB miguem para a sigla.
Hoje, os partidos com mais parlamentares na casa são PT e PSL, cada um com 53 deputados.
Vai ser bonito vê Gladson e Rocha juntos novamente.