HomeEleições 2022Sem acordo com o PP, Gladson Cameli deve anunciar filiação no PSDB

Sem acordo com o PP, Gladson Cameli deve anunciar filiação no PSDB

Dias atrás Gladson afirmou que estaria esperando uma posição oficial do Progressistas para logo após o Carnaval. Segundo o governador, essa indefinição estaria atrapalhando a montagem de chapa proporcional para deputado federal e deputado estadual, assim como a definição de quem será o seu vice.

Gladson se elegeu governador em 2018. A partir da troca, parlamentares e lideranças políticas aliados a Cameli também devem migrar para o partido tucano.

A eventual saída do governador Gladson Cameli do Progressistas deixa em aberto o panorama político do Acre. Representa a maior guinada política de um governador na história do estado, embora não seja a primeira troca de partido de um dirigente estadual. Basta lembrar que o próprio tio de Gladson, Orleir Cameli, quando no governo, se filiou ao então PFL para ampliar sua base política e evitar os ataques que sofria no Congresso e em várias instituições.

A situação do governador Gladson Cameli, porém, é distinta. Ele liderou uma conjunção de forças que levou a oposição a uma vitória nas urnas depois de 20 anos de hegemonia do PT. Era considerado unanimemente o único nome capaz de derrotar o legado petista. Com isso, conseguiu uma rara união de interesses na eleição. Mas a coalizão enfrentou os primeiros problemas ainda antes da formação do governo, com intensa disputa de grupos políticos pelo comando de postos-chave na administração.

A saída de Gladson do Progressistas deve levar a uma reformulação de seu governo, ainda que localizada. Como o governador levará muitas lideranças importantes do Progressistas, esses dissidentes devem manter a estrutura que já possuem na administração estadual. Mas outras áreas devem ter mudanças bruscas, como as que estão em poder da senadora Mailza Gomes, que herdou o mandato originalmente do governador.

Janela Partidária

A chamada ‘janela partidária’, período no qual parlamentares federais, distritais e estaduais estão autorizados a trocar de partido sem o risco de perder o mandato, começou na última quinta-feira (3).
A janela é aberta em todo ano eleitoral e começa sempre seis meses antes da data do pleito, com duração de 30 dias.

De acordo com a legislação, um parlamentar que trocar de partido fora desse prazo e sem apresentar uma justa causa à Justiça Eleitoral corre o risco de perder o mandato. A justificativa para a regra é o entendimento da Justiça Eleitoral de que os mandatos de deputados federais, estaduais e distritais pertencem aos partidos e não ao parlamentar eleito. A partir do dia 2 de abril, quem não estiver filiado a um partido não pode ser candidato nas eleições 2022.

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