Saúde doente: Estado tem mais de cinco mil exames por imagem represados, mesmo tendo empresa contratada para a execução

As coisas acontecem para melhor ou para pior, mas parece que as pessoas percebam.

Se percebem, parecem ignorar.

Não faz tanto tempo assim, uma das maiores dificuldades das pessoas de baixa renda era conseguir fazer exames mais complexos e caros, como a ressonância magnética.

Médico, o então governador Tião Viana (PT) abriu processo licitatório para contratar empresa especializada na execução de exames por imagem.

A contratação da empresa ocorreria seguindo o que determina a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).

Essa medida tornou o que parecia impossível realidade para milhares de acreanos.

Mas as coisas mudam.

Antes da gestão Gladson Cameli, o tempo médio para que um exame de raio-x, ressonância magnética e tomografia computadorizada era de sete dias.

Hoje o tempo médio saltou para até sete meses.

O resultado não poderia ser diferente: há cerca de cinco mil exames represados, esperando pela regulação.

O que efetivamente está acontecendo?

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) firmou contrato com a mesma empresa contratada na gestão Tião Viana, dentro dos mesmo parâmetros dos SUS, mas os exames não são feitos.

Este Portal apurou que a empresa contratada tem uma gigantesca capacidade de execução reprimida porque não é demandada pela Sesacre.

Numa situação como essa, em governos anteriores, o Ministério Público Estadual, por meio da promotoria especializada, já tinha agido para evitar o sofrimento de milhares de acreanos e acreanas que ficam esperando a boa vontade dos gestores para poderem fazer os seus exames.

Muitos nem chegam a fazer.

O pior é neste caso, como em tantos outros, dinheiro tem. O que falta é gestão.


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