Como jogo de quebra-cabeças, as peças vão se encaixando.
E nem precisa ser gênio para encaixar cada peça no devido lugar.
Semana passada, o bispo dom Joaquin Pertiñez veio a público anunciar o rompimento do convênio do Hospital Santa Juliana com o governo.
Não é uma notícia qualquer. Merecia mais atenção e preocupação.
Afinal, o hospital é um equipamento fundamental para a Saúde pública do Estado.
É responsável por mais de 40% dos partos realizados em Rio Branco.
Ninguém é santo ou santa aqui na terra.
Do outro lado da história, o médico Carlos Beiruth anuncia que a instituição privada Prontoclinica vai inaugurar leitos de UTI e maternidade.
É muita coincidência.
Ou nem tanto assim.
Se confirmar a ruptura com o Santa Juliana, o governo será obrigado a procurar alternativas.
Maternidade e UTI têm muita demanda e o numero de leitos na rede pública, apesar de todos os investimentos, ainda é insuficiente.
Quem conseguir vender esses serviços para o Estado vai ganhar muito dinheiro.
Se alguém pensa em fazer algum negócio, é bom lembrar que há órgãos de controle e o Conselho de Saúde. É muita gente para combinar.
O convênio com o Santa Juliana se encerra no próximo domingo.
Beiruth é visto com frequência pela Secretaria de Saúde.
Saúde é encarada, por alguns, apenas um grande negócio.
Isso é doentio.