HomeOpiniãoO VALE-TUDO DA REELEIÇÃO

O VALE-TUDO DA REELEIÇÃO

Por Edilson Martins


Vão completar 100 dias que os preços da gasolina e do diesel estão travados.

Esse represamento já produziu uma perda de 18% e 19%, respectivamente, nos preços destes dois combustíveis.

A Petrobras está sob intervenção, com seus presidentes sob a ciranda das degolas.

O atual, já deposto, se recusa a “pedir pra sair”, casa da Mãe Joana, na maior empresa do país.

O represamento dos preços, até as eleições de outubro, alcançando energia elétrica, gás de cozinha, transportes, telecomunicações,
reduzindo o ICMS em 18% nos estados, vai gerar uma tunga de R$46 bilhões ao Tesouro.

Algo superior à venda da Eletrobras, queimados esses bilhões em nome da tentativa de reeleição.

Como o Centrão, tampouco Bolsonaro, controlam o preço do barril de petróleo no mercado internacional, imaginemos o mico que correm.

Muito menos as variações do dólar.

Tudo sob a batuta de Paulo Guedes, o liberal de mentirinha de Chicago, o herói de fancaria, o grande estelionatário do neoliberalismo bolsonarista.

Pode ser que a falência fiscal dos estados em 2023 mostre um desastre mais dramática que os anos alucinados de Dilma Rousseff.

O PT fala em “golpe”, que de fato ocorreu.

Mas o impiechment só foi possível porque a economia entrou em convulsão: Petrobras saqueada; e a inflação alcançou os dois dígitos, onde nos encontramos novamente.

Torrar uma Eletrobras, endividar os estados, acusar os governadores pela inflação, apontar as votações eletrônicas de fraudulentas, chamar ministros da Suprema Corte de canalhas, perseguir um golpe, caso derrotado, tudo isso nos revela o vale-tudo de Bolsonaro para se reeleger.

O capitão não teme apenas a prisão dos filhos, tantas foram as malfeitorias nesses quase 4 anos de poder.

Teme não menos seu encarceramento, conforme ele próprio o confessou recentemente, citando Jeannine Ágnês, ex-presidente da Bolívia, presa até hoje.

Depois de participar de um golpe, inicialmente vitorioso.

Estamos assistindo ao “Não Vale a Pena Ver de Novo”, cansativas reprises de novelões mexicanos do passado.

Com um agravante; quem pagará essa conta, essa estupidez, mais uma vez, que ela não contraiu, será a população de 33 milhões de famintos e mais de 120 milhões de excluídos.

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