Os últimos dias têm sido marcados por vários políticos se posicionando contra o aumento abusivo da energia elétrica no Acre.
Parece uma reivindicação deveras oportuna e importante, mas só parece. O que tinha que ser feito deixou de ser feito no momento certo.
Muitos do que agora se arvoram, são os mesmo que se esconderam na escuridão da omissão, quando a Eletrobrás, a nossa Eletroacre, foi vendida pela irrisória quantia de R$ 50 mil ao capital privado.
Na época, dos três senadores da República, apenas o petista Jorge Viana se insurgiu e tentou barrar a entrega da Eletroacre para a Energisa.
O atual governador Gladson Cameli e o reeleito Sérgio Petecão foram a favor.
A gente pensa que o povo é sábio, mas não é tanto.
Movido pela onda de ódio, o povo promoveu o rapaz Cameli a governador do Acre, entregou mais oito anos de mandato a Petecão.
Tirou o mandato de Jorge Viana, entregou a Marcio Bittar, outro voraz defensor da privatização.
O que vemos, agora, é que há uma maioria de políticos querendo surfar na aflição do consumidor, que está sendo assaltado pela Energisa, para fazer a demagogia. Como a eleição mais próxima é municipal, tem até vereador tentando navegar essa marola.
A verdade é que a oportunidade dessa turma se insurgir em favor do povo já passou. Foi no momento da venda da Eletrobras.
Qualquer movimento agora é palanque, é politicagem.