Quando foi revelado que a Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE) havia se transformado numa espécie de “Escolinha de Corrupção”, o governador Gladson Cameli fez um escarcéu, falou muito, mas não fez nada.
A polícia apurou irregularidade na compra de merenda escolar, na aquisição de computadores e de vários outros processos envolvendo dinheiro público.
Diversas pessoas foram presas.
Cheio de parolagem, Cameli “determinou” uma auditoria na secretaria pela Controladoria-Geral do Estado (CGE). Auditores encontraram uma lamaçal de irregularidades, que foi jogado para debaixo do tapete.
Não interessava divulgar tantos absurdos e os órgão de controle parecem inertes.
Semana passada, a Justiça acreana determinou o fim do processo que apurou, e constatou, roubo do dinheiro público na compra da merenda escolar.
Quem roubou, ficou impune.
Ao mesmo tempo, o governo quase extinguiu a Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor). Ficou a impressão de que é proibido investigar os corruptos que estão entranhado na estrutura governamental.
Voltemos à merenda escolar.
Fonte do Portal enviou imagem da merenda extra oferecida aos alunos na Escola Henrique Lima, no bairro Calafate, em Rio Branco.
“Isso é uma vergonha, principalmente quando é divulgado que o inquérito sobre a investigação do escândalo dos desvios na alimentação escolar foi encerrado”, lamentou a fonte.
O lanche servido é bolacha da Miragina e Café Bujari. Não se trata de incentivo à indústria acreana. É incompetência e descaso mesmo.
Nunca é demais lembrar que o próprio governador, na época do escândalo da merenda, declarou que estava entregando carne de pescoço e recebendo como se vendessem filé.