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Movimentos para privilegiar candidaturas pode esvaziar e espatifar montagem da chapas no PSL

Sabe a história que fala sobre da vitória de Pirro? É o que está parecendo essa adesão do PSL ao governo Gladson Cameli.

Ensina a história que Pirro foio rei Epiro, cujo exército teve perdas irreparáveis após vencer batalhas, durante a Guerra Pírrica

Pirro teria respondido a um indivíduo que lhe demonstrou alegria pelas vitórias no campo de batalha que “uma outra vitória como esta o arruinaria completamente”. 

Ele havia perdido uma parte enorme das forças que trouxera consigo, e quase todos os seus amigos íntimos e principais comandantes. 

Semana passada, dirigentes locais trouxeram estrelas nacionais para o que seria uma festa partidária, com a filiação potenciais candidatos a deputado federal.

Já na largada, a festa melou.

O secretário de Estado de Saúde, Alysson Bestene, refugou e anunciou que não trocaria o PP pelo PSL.

Bestene construiu a sua história no PP. Deve ter ponderado que largar uma legenda onde nasceu, cresceu e vive poderia lhe custar muito caro no futuro.

Restou festejar a entrada do suplente do senador Marcio Bittar (MDB), o oftalmologista Eduardo Veloso, na sigla.

Veloso pode ter dinheiro, mas ter voto é outra história. 

Mas, depois da festa, vem a ressaca. 

Pela foto que abre este texto é possível verificar que ainda vai demorar muito para o PSL ser uma partido alinhado e forte.

Há divergências internas, que caminham para ficar mais evisceradas, na medida em que o processo eleitoral se aproximar.

Isso porque, no entender de alguns filiados mais antigos, há muitas pessoas chegando de “carona de última hora” e outros retornando à casa. 

Por não ter ficada clara, a desistência de Alysson Bestene causou desconforto. Afinal, ele é um dos nomes cotados para concorrer a vice-governador na chapa de Gladson Cameli, que vai tentar à reeleição. 

Fato é que, segundo fonte partidária, os representantes da  direção nacional que vieram ao Acre não voltaram para casa satisfeitos. É tanto que, se os acordos não forem cumpridos, há uma turma disposta a mexer as pedras no tabuleiro para tomar a direção estadual.

O grau de insatisfação aumentou com o que foi considerado falta de sensibilidade da direção estadual ao compor a mesa: somente dois pré-candidatos a deputado federal foram chamados.

Um deles era Alysson Bestene, que nem se filiou.

“Será que é assim que funcionará a divisão de fundo eleitoral no Acre nesse grupo?”, questionou um filiado, que pretende disputar as eleições. 

Segundo essa mesma fonte, com certeza, os que não saíram na foto já começaram a ser desejados  por outros partidos.  Afinal, disse, quem não cuida é porque não faz questão. 

O que também causou profunda insatisfação foi o retorno ao cenário político o coronel aposentado da Polícia Militar Ulisses Araújo, que foi nomeado diretor na Secretaria de Segurança Pública, com salário em torno de R$ 20 mil.

Somadas a remunerações de coronel aposentado e de diretor, Ulisses receberá cerca de R$ 50 mil por mês.

“Enquanto isso, os outros pré-candidatos a deputados federal e estadual ficaram vendo navios. Essa chapa vai esvaziar”, prevê a fonte. 

O PSL no Acre é uma espécie de partido satélite sob o comando do senador Marcio Bittar. 

O presidente estadual da legenda, Pedro Valério, é nomeado no gabinete do parlamentar, com o salário de pouco mais de R$ 2 mil.

Até 2018, o PSL era um minúsculo partido, que pouco arregimentava votos. 

Naquele ano, com a candidatura do então deputado federal Jair Bolsonaro à Presidência da República, conseguiu eleger 52 deputados federais e 76 deputados estaduais. Nenhum no Acre.

O único deputado que o PSL teve, em toda história, foi Luiz Calixto, que largou a vida pública há anos.

Por divergir da direção partidária, Bolsonaro deixou a legenda, mas continua tendo forte influência junto à maioria dos parlamentares.

No Acre, nas eleições do ano passado, o PSL viveu momentos de turbulência com a filiação do vice-governador Wherles Rocha, que prometeu muito, mas pouco entregou.

Toda movimentação agora é uma tentativa de enfraquecer ainda mais o vice-governador. 

Foi com esse intuito  que o governador, usando a influência de  Marcio Bittar, se aproximou do PSL. Por enquanto, a dupla tem obtido sucesso. Só que será obrigada a entregar algo a mais do que promessa. 

Pelo o que se tem visto e pelo alto grau de insatisfação, é possível que o PSL no Acre permaneça sendo o que sempre foi: o minúsculo partido satélite. 

Vamos observando o que vai sair dessa novela mexicana.

Pela montagem do seu exército, o governador caminha para não ter nem vitória de Pirro.

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