Não há como saber se foi por inocência ou excesso de sabedoria.
Mas o chefe da Casa Civil do governador Gladson Cameli, Jonathan Donadoni, mandou bem quando disse que o senador Marcio Bittar não irá romper com o governo porque tem espaços privilegiados na administração pública.
Boçal, Bittar fez beicinho.
Humilhou a turma do governo quando mandou para uma reunião o seu primeiro-suplente Eduardo Velloso. Desmoralizada, a turma encarou a afronta como algo normal.
Velloso não é nada no jogo do poder.
Se assumir, será para cumprir uma missão e, quem sabe, ganhar um imunidade provisória.
Sigamos.
Sentido-se o todo poderoso da política acreana, Bittar faz chantagem explicita com o governador Gladson Cameli, mas não irá para o rompimento porque poderá sentir no bolso o peso desse rompimento.
Repare que a maioria das emenda alocada pelo senador são destinadas para secretária ocupadas por indicados do senador Shape, como passou a ser chamado depois que este Portal trouxe a público a troca de mensagens do parlamentar com uma garota de programa do Distrito Federal.
Há informações de que o senador acompanha de perto o andamento dos projetos e contratações. Esse trabalho é feito por alguns prepostos, inclusive parentes seus.
Os relatos de pressão por pagamentos de “ajudas” são os mais diversos. Já há, inclusive, gravações desses pedidos, mas ainda vigora o medo de represália.
Marcio Bittar é “cobra criada”. Vai esticar a corda, mas não romperá. A ruptura significa exoneração de aliados bem mandados e, consequentemente, distanciamento do acompanhamento das emendas e dos sonetos.
A não ser que Cameli seja afastado pelo Superior Tribunal de Justiça.
Ai será outra história.
Donadoni parece saber com quem está jogando.