Vejo Márcio Bittar, Wherles Rocha, Mara Rocha, Minoru Kinpara e Roberto Duarte, para não citar outros, dizerem que irão apoiar Tião Bocalom no segundo turno.
Como argumento principal, alegam que o farão porque detestam a esquerda.
Ai eu pergunto: desde quando Socorro Neri e Gladson Cameli são esquerda?
Essa turma não cansa de ser ridícula.
Por que não revelam quais são os seus reais interesses?
Todos sabem que essa dupla, aliada com o deputado federal Alan Rick, fez questão enxotar os partidos de esquerda da aliança.
Quem não lembra o que fizeram com o PC do B?
Então essa história de odiar a esquerda não procede.
Eles irão apoiar Bocalom por puro oportunismo.
Por ser um caminho mais curto.
Na verdade, o homem da vaca mecânica nem precisa do apoio dessa turma.
A vitória do protegido do senador Sérgio Petecão é dada como certa no próximo dia 29.
A prefeita se isolou e perdeu força.
Vai amargar a viagem de balsa a Manacapuru, o que é bem feito para quem agiu como ela agiu com os antigos aliados.
Mas voltando aos que dizem odiar a esquerda.
Essa turma está de olho, num primeiro momento, nas beirinhas dos cargos na administração municipal.
Só digo o seguinte: a prefeitura é pequena demais para tanta gula.
Ela está bem equilibrada porque tanto Raimundo Angelim quanto Marcus Alexandre cuidaram bem da gestão.
É preciso fazer justiça: a prefeita Socorro Neri também é uma boa e honesta gestora.
A prefeitura não suporta exagero e má gestão.
Num segundo momento, enxergam em Sérgio Petecão um candidato forte à sucessão de Gladson Cameli.
O que é uma verdade.
Eles querem Gladson Cameli fragilizado para poderem sugar ainda mais o governo.
Todos, sem exceção, têm generosos espaços na estrutura governamental.
Mesmo assim, estão indo contra o governador.
Penso que Gladson Cameli, se quiser permanecer vivo politicamente até 2022, precisa tomar as rédeas do governo.
Necessita ser menos meninos e passar a ser governador.
Urge que cumpra a palavra.
É fundamental que adote medidas firmes e dê novo rumo ao seu governo.
Uma dessas medidas seria, imediatamente, demitir todos os ocupantes de cargos indicados pelos seus supostos aliados.
Numa canetada só, deveria demitir a turma de Sérgio Petecão, Marcio Bittar, Wherles Rocha e companhia.
Ele tem que mostrar quem é que manda no governo, se não será atropelado.
Quando decidiu apoiar Socorro Neri, Gladson Cameli o fez porque não confiava na turma que lhe apoiou em 2018.
Não estava errado.
Se quiser livrar o seu governo do fracasso, o governador terá, necessariamente, que construir novas alianças.
Eu, no lugar dele, abriria diálogo com lideranças como o ex-governador Jorge Viana e até o seu adversário ao governo, o ex-prefeito Marcus Alexandre.
Seria uma alternativa.
Afinal, em politica não tem amigo que não possa virá inimigo, nem inimigo que não possa se tornar amigo.
Quem sabe, a salvação do governo Gladson Cameli não pode estar na oposição?
Os aliados já demonstraram que estão mais para adversários.