HomeJuruá em TempoHay que endurecerse governador Gladson Cameli

Hay que endurecerse governador Gladson Cameli

Redação Juruá em Tempo

As disputas em torno do nome que irá disputar o senado com o apoio de Gladson Cameli têm sido reveladoras de uma comprometedora falta de autoridade do governador. Não é pouca a dor de cabeça criada pelos postulantes ao cargo, a ponto de comprometer sua relação com o seu partido, o Progressistas.

A insistência da senadora Mailza para ser candidata tem representado um problema ao governador. Mailza assumiu o cargo como suplente, ou seja, somente chegou ao senado por obra e graça de Gladson Cameli.

Mesmo uma candidatura à deputada federal, como propõe o Progressistas nacional, teria dificuldade pela falta de densidade eleitoral.
Esta não é uma crítica à atuação da senadora que tem exercido bem o seu mandato, mas na parte política, lhe falta densidade.

No entanto, a novela do senado, ainda longe de terminar, não é um episódio isolado, mas a consequência de um modo de governar que apresenta seus limites às vésperas da reeleição.

No início, Gladson optou por lotear as secretarias em troca de apoio de parlamentares que demonstram pouco ou mesmo nenhum compromisso com o seu governo.

Falta a Gladson, além de um projeto claro de governo, o necessário pulso para conduzir o governo e moderar os apetites de sua base de apoio. São fartos os exemplos de governantes que tiveram de lidar com situação semelhante.

O exemplo mais próximo, é o da própria Frente Popular que governou o estado por 20 anos. Nesse período, fosse Jorge, Tião ou mesmo Binho, as decisões eram mais centralizadas e a existência de um projeto mais claro davam maior coesão às gestões. A fórmula parece ter dado mais certo, afinal, foram 20 anos.

Enquanto isso, Gladson vem sofrendo desgaste desde o início com o seu vice convertido em feroz adversário. Mas esse modo de governar não é uma exclusividade do PT ou mesmo da esquerda. Líderes conservadores como a ex-primeira ministra da Inglaterra Margareth Thatcher, a famosa dama de ferro, souberam centralizar e demonstrar pulso firme quando necessário.

Mesmo a relação de Gladson com o presidente nacional do Progressistas Ciro Nogueira, não poderia resultar na imposição de nomes e candidaturas. Seria melhor, para ele próprio e seu governo, se Gladson tomasse o partido em suas mãos no Acre. Tomando como exemplo mais uma vez Jorge e Tião, assim o foi nas definições de candidaturas do PT e partidos aliados.

Alguns de seus secretários passam a impressão de responderem primeiro ao parlamentar que o indicou e somente em segundo plano ao governador. Esse é um elemento de desgaste para o governo.

Na medida em que se aproximam as eleições, as movimentações políticas em torno das candidaturas tendem a acirrar as disputas internas e causando negligência às ações de governo, fundamentais para a reeleição de Gladson.

Gladson precisa se acordar. Não faz sentido que secretários com total apoio acabem por priorizar candidaturas comprometendo a própria reeleição do governador. Como é o caso da também pré-candidata ao senado, Deputada Vanda Milani , que tem o seu filho Israel Milani ocupando a secretaria de Estado do Meio Ambiente.

É perigoso que o favoritismo de Gladson apontado nas pesquisas resulte em um descuido com o governo e sua imagem. Pelo contrário, a alta aprovação do Governo Gladson deveria ser usado pelo próprio como forma de fortalecer sua posição e manter os aliados na linha.

Na política “há que ser duro, mas sem perder a ternura”, quem não dançar a música que saia do salão.

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