A semana é santa, mas política não é espaço para santo.
Articulações de bastidores têm a mesma distância entre o céu e o inferno.
Esta semana o govenador Cameli terá que se movimentar para não ver o seu governo ferver no caldeirão do coisa ruim.
Para não sofrer mais uma derrota.
Terça-feira será o Dia D para definir a instalação da CPI da Energisa.
Deputados da base aliada assinaram, retiraram, choraram e depois voltaram a assinar o requerimento para a instalação da Comissão, proposta pelo comunista Jenilson Lopes.
Assunto energia elétrica energisa a todos.
É um dos itens que mais pesam nos bolsos dos contribuintes. O Acre tem uma das mais caras tarifas do Brasil.
Ligado no que pode perder, Cameli mandou o seu líder Gehlen Diniz agir para barrar a CPI, mas o líder não lidera, é órfão do respeito dos liderados.
Diniz não transita na mesma linha de transmissão dos demais parlamentares que apoiam o governo.
O interesse do governador em causar o blecaute não é obra da famosa mucura do Acre.
A família Cameli tem contratos milionários no ramo de energia elétrica no Amazonas e no Mato Grosso.
Instalar uma CPI pode atrapalhar os negócios.
A semana começa quente.
A oposição quer iluminar o debate.
O governo e o governador apostam no apagão.
Quem se faça luz!
Passos para instalar a CPI
Caso a oposição consiga as assinaturas para a instalação da CPI, esses serão os passos:
Leitura do requerimento com encaminhamento do presidente para as seguintes providências:
A) Publicação;
B) indicação dos partidos e/ou blocos, obedecendo a proporcionalidade das bancadas para composição. O requerimento indica que será composta por sete membros;
C) indicados e publicados os membros, será realizada reunião de instalação, com a eleição do presidente e do relator.
2. Pela atual composição da Aleac, as sete indicações serão dos seguintes partidos e/ou blocos:
1. PP – 1
2. MDB – 1
3. Bloco (Nenem, Chico Viga e Wendy) – 1
4. Bloco PSDB/DEM – 1
5. PT – 1
6. PCdoB – 1
7. PDT – 1
Obs.: Os partidos e/ou blocos podem negociar indicações de outros partidos.
O autor do requerimento não poderá ser o presidente.