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Governador do Amazonas briga por terra com família de Gladson Cameli

Wilson Lima diz que terra do Monte Horebe é pública e desconhece ‘propriedade’ de Eládio Cameli

Por Felipe Campias e Jullie Pereira, da Redação

MANAUS – A área territorial da invasão ‘Monte Horebe’, na zona norte de Manaus, é pública, sendo parte do Estado e outra parte da União, e “não há nenhuma comprovação de que qualquer pedaço daquela área pertença à particular”, afirmou o governador do Amazonas, Wilson Lima, na tarde desta segunda-feira, 9, em entrevista coletiva.

“Não há nenhum registro sequer, nenhuma comprovação de que qualquer pedaço daquela área pertença à particular. Se alguém alega ser dono ou proprietário de alguma parte daquela terra, que traga a documentação”, afirmou Wilson Lima.

Na última segunda-feira, 2, o ATUAL publicou que o dono da construtora Amazônidas, Eladio Messias Cameli, pai do governador do Acre, Gladson Cameli, reivindica na Justiça do Amazonas parte do terreno do ‘Monte Horebe‘, localizado nas proximidades do Conjunto Viver Melhor, na zona norte de Manaus.

O pedido de reintegração de posse, ajuizado pela empresa em março de 2019, tramita na 9ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho e o valor da ação está registrado em R$ 400 mil. No processo, Cameli pede a desocupação de área territorial de 250.000 m² conhecida como “Cruel”.

Nesta segunda-feira, Wilson Lima afirmou que não há nenhuma comprovação de que as terras do ‘Monte Horeb’ pertença a Eládio Cameli. Além disso, caso o empresário comprove que é dono do terreno reivindicado, terá que responder pelo abandono da área. “A gente está no aguardo para saber quem vai alegar ser dono ou requerer qualquer coisa nesse sentido daquela terra”, afirmou.

A declaração de Lima contradiz o MP-AM (Ministério Público do Amazonas), que no dia 12 de fevereiro deste ano anunciou que o subprocurador-geral Fábio Monteiro havia se reunido com o governador para tratar da reintegração de posse de “área que pertence a um grupo empresarial”. À época, Monteiro disse que discutira a possibilidade de incluir moradores da área privada na lista do aluguel social.

Fonte de renda

Wilson Lima disse que o ‘Monte Horebe’ era uma fonte de renda para o tráfico de drogas. Segundo ele, os traficantes invadiram a área, diviram os lotes e os venderam para as famílias. Além disso, cobravam energia, água e pedágio. “Aquelas pessoas estavam reféns desses grupos criminosos”, afirmou. Segundo ele, 27 presos, todos ligados ao tráfico foram presos.

O governador também disse que a SSP-AM (Secretaria de Estado de Segurança Pública) expulsou “oportunistas que faziam especulação imobiliária”. “As estruturas onde não havia famílias ou qualquer objeto que caracterizasse moradia foram derrubadas”, afirmou Lima.

Em relação a policiais que supostamente atuavam como milicianos na área do ‘Monte Horebe’, o governador disse que os PMs não representam a Polícia Militar e a Polícia Civil e qualquer policial que tenha praticado crimes “vai ser punido com o rigor da lei”.

De acordo com Wilson Lima, 2.204 famílias do ‘Monte Horebe’ foram cadastradas. Eles passam a receber o aluguel social no Bradesco (R$ 600) a partir desta terça-feira, 10. Os nomes estarão disponíveis no site da Suhab (Superintendência Estadual de Habitação).

Fonte: amazonasatual.com.br

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