A visita de Gladson Cameli ao Acre foi breve.
Chegou na segunda-feira da Europa, depois de nove dias fora, e já embarcou para Nova York, nos Estados Unidos.
Nessa breve passagem no estado para o qual fora eleito para governar, Cameli deixou marcas. Um até logo até o próximo encontro com a população.
Na terça-feira, foi vaiado por alunos de um colégio particular. Na oportunidade, declarou que o Acre terá o seu Canal do Panamá.
Ainda na terça-feira, amargou uma derrota histórica na Assembleia Legislativa. Por 20 votos a 0, os deputados derrubaram todos os seus oito vetos à leis aprovadas no Parlamento.
Hoje, o governador, que foi à cidade onde nasceu Albert Einstein, aplicou a teoria da enrolatividade nos sindicalistas que representam os trabalhadores em Saúde.
Gladson Cameli é vaidoso, birrento e não gosta de ser contrariado.
Magoado com a derrota na Assembleia Legislativa, mandou a canetada para exonerar 340 cargos indicados por deputados da base.
Fez uma jogada arriscada.
Degolou até esposa, irmã e sobrinho do seu líder, o deputado José Luiz Tchê.
Acirrou o conflito com o correligionário José Bestene, que perdeu cargos na Fundhacre.
Rugiu contra o chamado Leão do Juruá Vagner Sales, ao mandar o seu filho à fila dos desempregados.
Gladson Cameli tocou fogo na base, que se reúne agora à tarde. Muitos acreditam no recuo do chefe do Executivo. Mas tem gente começando a falar em abrir uma CPI das Compras Governamentais.
A sorte de Cameli é que o seu vice é confiável e jamais pensaria em tramar um golpe.
Veja a edição extra do Diário Oficial.
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Fotos: Jardy Lopes.