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Gladson diz não precisar da política, mas será que a política precisa dele? Personagem de Missão Impossível recusa ajuda a Socorro Neri

Há 117 anos era assinado o Tratado de Petrópolis, que anexou ao Acre definitivamente ao Brasil.

Essa sempre é um data a ser celebrada.


Mas quero falar hoje sobre o segundo turno em Rio Branco.

Antes, porém, é impossível não falar sobre o lamentável episódio envolvendo governador e uma humilde senhora em Mâncio Lima, no último fim de semana.

Descontrolado e arrogante, ele intimidou a mulher na frente dos filhos e, como pode ser visto no vídeo a seguir, ninguém disse nada.

Os presentes até bateram palma.

Mas, além da agressão e do destempero do governador, o que me incomoda é ele dizer que não precisa da politica.

Fala isso constantemente.

E tem gente que acredita.

Sinceramente, acho que é o contrário: a politica é que não precisa dele.

Quem tem garantido a boa vida do rapaz há mais de dez anos não são os milhões do seu pai.

É a politica.

Gladson diz que não precisa da politica, mas não abre mão de meia diária para se deslocar aos municípios próximos à sede do governo.

Se tem dúvida, consulte o portal da transparência.

Ano passado, ele o seu vice embolsaram quase meio milhão somente com diária.

Estranho, não?

Alguém conhece uma entidade que recebeu a doação do seu salario, conforme fora anunciado?

Eu não conheço.

Repito: ele precisa mais da política do que a política precisa dele.

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Agora vamos falar sobre o segundo turno.

A disputa virou piada.

O comentário na cidade é que tentaram trazer o personagem Ethan Hunt, interpretado por Tom Cruise nos filmes Missão Impossível, para ajudar a prefeita Socorro Neri.

Ethan Hunt teria respondido:

  • Eu já participei e superei muitas missões impossíveis, mas nessa não dá. É impossível demais.

A situação de Tião Bocalom é tão confortável, que nem o declarado apoio dos irmãos Rocha e do senador Marcio Bittar será capaz de lhe atrapalhar.

E olha que Wherles e Mara Rocha, bem como o senador turista, pesaram nas candidaturas de Minoru Kinpara e Roberto Duarte.

É fácil e conveniente declarar apoio ao homem da vaca mecânica.

Quanto à prefeita Socorro Neri, ela paga o preço de ter feito a coisa errada.

Acreditou no governador Gladson Cameli, coisa que não é recomendável.

Há quem diga que o governador não sustenta em pé o que diz sentado.

Socorro Neri fez a politica do isolamento.

Cuspiu no prato que lhe deu o mandato, acreditando que a força das máquinas iria lhe garantir a vitória.

Agora, corre o risco de sofrer uma derrota histórica.

Dentro do governo, há torcida grande para que ela desista e perca por W.O.

Esse seria o sonho dourado de Gladson Cameli, para não sair tão desmoralizado.

Se eu fosse o Ethan Hunt, também não aceitaria essa missão mais do que impossível.

Eu estaria fora desse Protocolo Covid.

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Vamos falar de números e omissão.

Tião Bocalom ficou em primeiro lugar com oitenta e sete mil, novecentos e oitenta e sete votos.

Obteve quarenta e nove virgula cinquenta e oito por cento dos votos válidos.

Parece muito voto, não é?

Só parece.

Muito mesmo foram as pessoas que deixaram de votar.

Computados os votos brancos, nulos e abstenções, chega-se a setenta e nove mil, duzentos e onze votos.

É mais do que a soma dos votos obtidos pela prefeita Socorro Neri, Minoru Kinpara e Roberto Duarte.

Equivale a trinta e dois virgula vinte e um por cento dos eleitores aptos a votar na capital.

A que se deve isso?

Penso que há vários fatores, mas o principal é o descrédito na politica e nos políticos.

O bombardeio midiático, a judicialização e o comportamento de alguns políticos contribuem para o descrédito.

O que essas pessoas não sabem, ou não querem saber, é que o fato de não votar não lhe exime de culpa.

Muito pelo contrário.

A omissão rima com conivência com o malfeito e o malfeitor.

Quem não vota abre mão de cobrar.

Ou essas pessoas acham que Pôncio Pilatos deixou de ter culpa na crucificação de Jesus porque optou por lavar as mãos diante de uma injustiça?

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vale a leitura