Não sei quem, mas alguém tem que pôs freio nas lorotas de Gladson Cameli.
As coisas estão fugindo do limite do racional, do tolerável.
É preciso um limite porque ele continua vendendo histórias cabeluda em assuntos que envolvem vidas.
Logo que começou a pandemia da Covid-19, o governador foi a público anunciar que compraria um milhão de doses de vacina.
Declarou que tinha R$ 113 milhões reservados para comprar as vacinas.
Falou com se fosse fácil, como se o imunizante estive na prateleira como cerveja Devassa.
A realidade mostrou-se bem diferente.
Cameli foi várias vezes em São Paulo, mas não trouxe uma agulha.
Descartada a primeira tentativa, o governador anunciou a compra de 700 mil doses da vacina Sputnik V.
Pegou carona da articulação do governador comunista do Maranhão, Flávio Dino, e realmente, nesse caso, houve passo concreto.
Mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem barrado a entrada da “russa” no Brasil.
Se a situação da Sputnik ficou russa, Gladson Cameli disse que foi buscar uma alternativa americana.
Usando o site que lhe serve de porta-voz, o governo anunciou que pretende comprar 700 mil doses da vacina produzida pela Johnson & Johnson.
Provavelemte ressabiado, Cameli deixou o anúncio para a coordenadora do Plano nacional de Imunização no Acre, Renata Quilles.
“Os representantes da vacina Johnson sentam com o secretário Alysson Bestene e equipe da saúde na tarde de hoje para detalharmos todo o processo. O governador quer ter toda segurança jurídica e de eficácia da vacina para poder fechar o contrato de aquisição das doses”, disse a coordenadora.
Sempre é bom lembrar que, no dia 13 de abril, as Agências federais de saúde dos Estados Unidos (EUA) recomendaram uma pausa na aplicação da vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson, depois de seis pessoas que a receberam desenvolverem um distúrbio raro envolvendo coágulos sanguíneos.A nova autorização para a retomada da vacinação ocorreu 11 dias depois.
No Brasil, não consta, por enquanto, que outro estado tenha feito tratativa para comprar a vacina.
Espera-se que o Acre consiga.