Enquanto não abre o Acre para o desenvolvimento, o governador Gladson Cameli vai dando o jeitinho de pendurar mais gente na folha de pagamento do Estado.
Tudo para cumprir acordos e amansar deputados.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou o Acre como o 3º estado que mais perdeu postos de trabalho no 1º trimestre de 2019, chegando a taxa de 18%.
O aumento do desemprego não surpreende.
A economia do Estado está travada. O governo, que é o principal impulsionador, não consegue se mover. Patina e se afunda nos próprios erros.
É um governo dentro de uma areia movediça, procurando um galho para se segurar.
E não é por falta de dinheiro que não se move.
Tem um R$ 1,3 bilhão em caixa, mas não consegue executar, graças à ineficiência e à incompetência para elaborar um projeto.
Mas, para os seus, o governador Gladson Cameli encontrou uma forma para reduzir o desemprego.
Encaminhou projeto de lei à Assembleia Legislativa criando um gigantesco trem da alegria.
É o fim do discurso fácil.
Ele passou os meses de dezembro, janeiro, fevereiro, março e abril falando de uma suposta crise financeira.
Declarou que cortou cargos e privilégios.
Tudo para inglês ver.
Agora, para diminuir o desemprego, cria cargos, muitos cargos.
São 450 CEC’s, 10 secretarias adjuntas e outras várias funções gratificadas.
Essa brincadeira traz uma despesa superior a R$ 15 milhões por ano.
O pior é que a criação de tantos cargos é apenas para tentar aplacar a sanha de deputados e aliados insatisfeitos.
Mas ainda haverá muita gente reclamando.
Alçado à condição de líder do governo, o deputado José Luiz Tchê chegou a declarar, sem pudor, que não se governa apenas com 900 CEC’s.
Do jeito que vai, não se governará nem com zilhões de CEC’s.
O governador é fraco. Sem palavra, pois falou diversas vezes que iria extinguir cargos comissionados.
O povo está conhecendo a verdadeira face do rapaz Cameli. E não está gostando do que vê.
O fato é que vai ficar difícil Cameli voltar a falar em crise e na possibilidade de decretar calamidade financeira.
A corrida para garantir as próximas nomeações já começou.