Nada de show religioso na Expoacre este ano.
O curioso é que essa tradição contou com a mudez de um segmento gigante da sociedade acreana.
Há quase duas décadas os religiosos, principalmente os evangélicos, tinham uma noite destinada a um show de celebração.
Brigavam e faziam barulho por essa data.
Em 2019, na primeira Expoacre de Gladson Cameli, as coisas mudaram e está passando “batido”, sem nenhum protesto.
Nos anos anteriores, se essa possibilidade fosse aventada, as lideranças da Associação dos Missionários Evangélicos do Acre (Ameacre) estariam com a boca no trombone, rogando pragas aos governantes.
As coisas mudaram, mas não foi obra de milagre.
O silêncio deu-se na base da cooptação.
Dirigentes da Ameacre foram abençoados com cargos no governo. Quando não eles, a bênção recaiu sobre os seus parentes.
Outros foram acomodados em gabinetes de parlamentares, principalmente no da senadora Mailza Gomes.
Não foram só as nomeações que inviabilizaram o show.
Ao contrário dos governos da Frente Popular, o governo Gladson Cameli não se dispôs a honrar com os custos de logística, como iluminação e som.
“Os nossos shows são diferentes. Não vendemos bebidas para ajudar com os custos. Por isso o governo ajudava. Este ano foi no bico seco”, comentou um pastor que pediu para não ser identificado.
Segundo o pastor, a Ameacre, que foi atraída pelo governo, não conta com o apoio da maioria dos evangélicos.
O pastor não pode negar, porém, que a maioria evangélica apoiou Gladson Cameli.
Fica na benção.