Os ambientalistas estão, literalmente, na moita.
Postura estranha de uma turma que sempre se posicionou firme na defesa da conservação.
Nos últimos dias, o senador Marcio Bittar (MDB) se uniu ao filho do presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, para pregar o desmatamento desordenado.
A dupla chegou a dizer que o aquecimento global é “discurso apocalíptico”.
Não sabem sobre o que falam.
Defendem interesses dos poderosos.
Enfáticos, podem levar aos incautos a acreditar nessa narrativa, se não houver um contraponto.
O silêncio dos ambientalistas não irá contribuir em nada para a conservação.
Conservar a mudez é o pior caminho.
Neste domingo, o site G1, do Grupo Globo, traz matéria dizendo que o Brasil desmatou uma área equivalente a 2,6 estados de São Paulo.
Tanto desmatamento não garantiu o falado desenvolvimento pelos senadores defensores da motosserra.
O G1 fez recortes específicos para os seis biomas.
A Amazônia representa metade do território do país e, também por isso, é responsável por 61% de tudo o que perdemos em floresta nestes 32 anos – o equivalente a 1,6 estado de São Paulo de vegetação apenas na parte Norte do país.
Bittar e Bolsonaro não estão satisfeitos.
Querem mais desmatamento.
Poderão conseguir, se o silêncio permanecer.
Ai o futuro ficará com o cachorro, mas sem o mato.
Veja a matéria do G1 https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/04/28/amazonia-perdeu-18percent-da-area-de-floresta-em-tres-decadas-mostra-analise-de-imagens-de-satelite.ghtml.
Foto: Sérgio Vale