Se há uma coisa que custa pouco, essa coisa é conversa.
O máximo que se gasta é saliva. Mas parece que, dentro do governo, de tanto falarem em crise, estão querendo economizar até cuspe.
Essa é a impressão nítida que se tem quando vemos os constantes conflitos internos. A situação chegou a tal ponto, que, semana passada, o rapaz Cameli revelou que havia secretário que não falava com secretário dentro do governo.
Pelo jeito, embora ele tenha determinado amizade eterna, a sua determinação foi jogada no esquecimento.
A carência de diálogo está no andar de cima da administração. Ao lado de Cameli.
Pela parte da manhã, o chefe da Casa Civil, Ribamar Trindade, concede entrevista a um site amigo confirmando que haverá uma nova reforma administrativa.
À tarde, o procurador-geral do Estado, João Paulo Setti, diz a um site mais amigo ainda, só que com menos credibilidade, que o governo não irá reformar a reforma.
Isso é estranho, muito estranho.
Historicamente, todos os projetos são coordenados pela Casa Civil, mas contam com a participação ativa da PGE.
Sempre foi assim. Talvez tenham mudado.
Trindade, segundo o site que confirmou a reforma, declarou que o projeto estaria sendo analisado pela Procuradoria e que deverá chegar à Assembleia Legislativa em abril.
O estranho é o procurador desconhecer que o projeto está na PGE.
Tudo parece cheio de muita vaidade.
Até as mangueiras do escritório de governo sabem que Cameli quer reformar a máquina. Precisa criar mais cargos e liberar recursos que ficaram presos por conta da sua barbeiragem.