O tempo, esse senhor da razão, tem comprovado que é perigoso confiar na palavra de Gladson Cameli.
Mesmo assim, há quem confie. Afinal, o homem é governador.
Há cerca de oito meses, Cameli posou para fotografia com o ex-reitor da Universidade Federal do Acre (Ufac) Minoru Kinpara, que saiu do encontro confiante de ter o apoio do governador para a sua candidatura a prefeito de Rio Branco.
Na reunião também estava presente o responsável pela entrada de Kinpara no PSDB, o vice-governador Wherles Rocha.
“Conversamos e existe uma possibilidade muito grande de disputar a eleição com o apoio do Gladson”, disse o professor.
Passados os meses, muita coisa mudou, principalmente a relação de Cameli e Rocha.
Na atual conjuntura é impensável Kinpara ter o apoio do governador, que ficou insatisfeito com os movimentos políticos do seu vice-governador.
O Diário Oficial de hoje traz mais uma dose da insatisfação governamental. Gladson Cameli exonerou Tião Bocalom da direção da Emater.
Bocalom é desafeto de Rochas, a quem chegou a chamar de traidor, e pode ser candidato a prefeito de Rio Branco contra Minoru.
Por falar em Bocalom, ele passou menos de um ano à frente da Emater. Permaneceu empregado, empregou amigos, mas não produziu nada.